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Capital

MP quer prisão de mulher que "atraiu homem para morte" antes de júri

Stephani Ferreira de Oliveira, 23 anos, vai a julgamento por ter marcado encontro que terminou em assassinato

Anahi Zurutuza | 25/06/2021 12:49
Investigadores da Policia Civil no local do assassinato de Claudinei Seixas, em 2018 (Foto: Direto das Ruas)
Investigadores da Policia Civil no local do assassinato de Claudinei Seixas, em 2018 (Foto: Direto das Ruas)

Depois de reviravolta na Justiça que ordenou a ida de Stephani Ferreira de Oliveira, 23 anos, a júri popular por homicídio doloso, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu a prisão preventiva (por tempo indeterminado) da ré. A acusação quer ver a jovem presa antes mesmo que o julgamento seja marcado. Ela é apontada como a responsável por atrair Claudinei Seixas para a morte.

A promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani defende que a prisão é necessária para a garantia da ordem pública e da aplicação da lei. No pedido, ela registra que Stephani não foi encontrada da última vez que precisou ser intimada de movimentação no processo.

“É certo, portanto, que a ré, mesmo ciente da ação penal em curso, eis que inicialmente compareceu aos atos processuais, mantem-se em lugar incerto e não sabido com claro intuito de se furtar de eventual e futura aplicação da lei penal”.

No mesmo pedido, a promotora argumenta que Rodrigo de Aquino Lopes, que era namorado de Stephani à época do crime, também seja preso.

Rodrigo de Aquino Lopes e Stephanie Ferreira de Oliveira foram presos dias após morte de operador de máquinas (Foto: Campo Grande News/Arquivo)
Rodrigo de Aquino Lopes e Stephanie Ferreira de Oliveira foram presos dias após morte de operador de máquinas (Foto: Campo Grande News/Arquivo)

Reviravolta - O STJ (Superior Tribunal de Justiça) reformou decisão do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul e ordenou que Stephani fosse julgada por ter agendado o encontro que resultou no assassinato de Claudinei Seixas.

O operador de máquinas foi morto com quatro tiros na noite de 17 de outubro de 2018, no cruzamento das avenidas Coronel Antonino com a Presidente Castelo Branco, no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.

Segundo a promotoria, Stephani agiu com dissimulação “visto que ocultou sua verdadeira intenção ao marcar um encontro amoroso com a vítima quando, na verdade, pretendia ceifar-lhe a vida”.

No local combinado, Claudinei foi morto a tiros por Rodrigo, enquanto a namorada o aguardava no carro.

À Justiça, ela declarou que marcou o encontro para que o namorado e a vítima conversassem e não sabia que a intenção de Rodrigo era matar.

Para a Polícia Civil, na época, o autor do assassinato admitiu que planejou o crime com ajuda da namorada após descobrir que ela era chantageada e obrigada a manter relação sexual com a vítima.

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