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Capital

Mulher é ferida com pedrada em frente a escola; moradores cobram policiamento

Fato ocorreu em frente a Escola Municipal Antônio Lopes Lins, no Portal Caiobá, onde saída de estudantes se transformou em motivo de preocupação para a população

Humberto Marques e Liniker Ribeiro | 14/02/2019 20:12
Ponto de ônibus em frente a escola Antônio Lopes Lins, onde saída de estudantes têm gerado preocupações. (Foto: Kísie Ainoã)
Ponto de ônibus em frente a escola Antônio Lopes Lins, onde saída de estudantes têm gerado preocupações. (Foto: Kísie Ainoã)

Uma mulher foi ferida na manhã desta quinta-feira (14) com uma pedrada no rosto, enquanto aguardava um ônibus depois de buscar duas crianças na Escola Municipal Antônio Lopes Lins, no Portal Caiobá –sul de Campo Grande. A pedra teria sido atirada por uma criança que também estuda na escola, cujo horário de saída dos alunos, segundo moradores, têm sido marcado por confusões e descontrole por parte dos menores.

A situação levou a Associação dos Moradores do Residencial Ronaldo Tenuta –localizado na região– a informar que solicitaria reforço na segurança, a fim de conter situações como essa, bem como pedir aos pais ou responsáveis para que atentem a comportamentos que podem resultar em pessoas machucadas, como ocorreu nesta manhã.

A vítima da pedrada, que pediu para não ser identificada, disse que sempre pega o ônibus em frente à escola. Ela estava com duas crianças quando sentiu o golpe, que lhe atingiu perto do olho direito. Foi necessário atendimento médico, com a mulher sendo encaminhada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon para verificar a extensão do ferimento.

Segundo a mulher, a situação é comum. “É crítico nos horários de saída, às 11h e às 17h. As crianças fazem de tudo: se penduram na porta de ônibus, jogam pedras”, afirmou. O relato acabou confirmado por outras pessoas ouvidas pelo Campo Grande News e que trabalham próximo à escola ou têm parentes estudando no Antônio Lopes Lins.

Mulher foi ferida no rosto com pedrada quando aguardava ônibus e afirma que agressão partiu de criança. (Foto: Kísie Ainoã)
Mulher foi ferida no rosto com pedrada quando aguardava ônibus e afirma que agressão partiu de criança. (Foto: Kísie Ainoã)

Um motorista, que também pediu para não ser identificado, reforçou que a saída das crianças costuma ser tumultuada. “Direto elas saem no tapa, metem o pé nos ônibus, teve uma vez que pegaram ‘rabeira’ (penduraram-se na traseira) do meu carro. Uma pessoa que vinha atrás buzinou e, quando eu parei, vi duas crianças correndo. É bastante complicado”, disse, reforçando que, na saída das turmas do matutino, a saída de alunos torna a Rua Cibele –onde fica a escola– perigosa. “Eles saem correndo e atravessam a rua sem olhar. E isso porque só tem uma semana que as aulas voltaram. Mas o comportamento é o de sempre”.

Outro homem revelou, mediante anonimato, que a bagunça se espalha pelo bairro. “A algazarra é tanto na região da escola como dentro do ônibus. Fazem bagunça, suja, gritam e riscam os ônibus. Não sabemos o que fazer para melhorar isso, mas está bem complicado”. Segundo ele, em geral, as crianças envolvidas nestes atos aparentam ter entre 10 e 13 anos.

Em nota, a Associação do Ronaldo Tenuta informou que solicitaria ao Comando da Polícia Municipal de Campo Grande que realize rondas nas proximidades da escola. “Também solicitamos aos pais de alunos que orientem seus filhos para que tomem precaução ante as brincadeiras que podem lesionar alguém e assim trazer grandes problemas”, destacou.

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