Mulher relata que foi arrastada em carro pelo ex-namorado durante discussão

Uma mulher de 21 anos registrou um boletim de ocorrência nesta madrugada (2) na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) após ser agredida e arrastada com metade do corpo para o lado de fora do carro durante briga com o ex-namorado.

Conforme relato da jovem, ela e o namorado, com quem estava há oito meses, ingeriram bebida alcoólica na casa de uma amiga, quando a vítima teria pedido para ir embora. O rapaz negou, mas diante da insistência ambos entraram no carro. Momento em que o homem começou a xingar e ameaçar a mulher dizendo que a mataria se ela terminasse com ele.

Em certo momento da viagem, o homem, que estava no banco do passageiro começou a puxar o volante para que ambos batessem com o veículo, conforme o relato da vítima. “Eu entrei com tudo no posto de combustível próximo da Base Aérea para pedir ajuda. Porque era o único lugar aberto e que teria câmeras de segurança”, conta.

Ao descer do veículo e pedir ajuda, foi ignorada por um funcionário do local. O ex então a puxou novamente para dentro do carro e antes mesmo que ela entrasse por completo arrancou com o veículo com parte do corpo da menina para fora do carro.

“Quando chegamos na esquina do posto eu consegui puxar o freio de mão de descer do carro e continuamos a discutir. Ele quebrou meu celular e jogou no mato. Eu fingi que joguei a chave do carro dele também e quando ele foi procurar eu corri para o posto novamente”, explicou.

No momento havia alguns rapazes no posto que a levou até a Casa da Mulher Brasileira. A moça deu entrada no pedido de medida protetiva contra o rapaz.

À reportagem a moça contou que apesar de ciumento, o rapaz nunca foi agressivo. “Ele fica bravo quando não faz o que ele quer e de uns tempos pra cá eu comecei a me impor e não fazer o tudo que ele mandava”, conta.

A vítima ainda reclama do atendimento que teve na Casa da Mulher Brasileira. “Eu pedi para eles irem lá onde ele estava procurando a chave do carro até porque daria flagrante, mesmo sendo perto eles não foram. Eu não tinha nenhum dinheiro para ir embora e estava sem celular. Disseram que não poderiam fazer nada”, reclama.

A moça contou ainda que andou até o posto novamente onde pediu ajuda e um funcionário pagou um transporte por aplicativo para que ela voltasse para casa.

Segundo a Casa da Mulher Brasileira não foi registrada reclamação por parte da vítima sobre o atendimento no local.

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