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Capital

Mulheres que assassinaram outra no “tribunal do crime” continuarão presas

Juiz converteu prisões em flagrante para preventiva durante audiência de custódia

Danielle Valentim | 02/10/2018 10:01
Região onde corpo foi encontrado. (Foto: Liniker Ribeiro )
Região onde corpo foi encontrado. (Foto: Liniker Ribeiro )

Jéssica Moreira e Lislie Silva Vargas, as duas de 27 anos, continuarão presas pelo assassinato de Sorraira Cabritta Campos, 24 anos. A vítima suspeita de integrar o CV (Comando Vermelho) foi julgada e condenada à morte pelo “tribunal do crime” do PCC (Primeiro Comando da Capital). A dupla passou por audiência de custódia nesta terça-feira (2).

Sorraira permaneceu em cativeiro por cinco dias e teve o corpo encontrado com vários golpes de faca, no dia 30 de setembro, em uma área de mata, no Bairro Zé Pereira, em Campo Grande
Durante a audiência, a prisão em flagrante da dupla foi convertida em preventiva para a garantia da ordem pública. Como justificativa, o juiz é o Alexandre Tsuyoshi Ito considerou a periculosidade das autuadas, que agiram de modo frio e cruel, além dos antecedentes criminais.

Somado aos fatos, as autuadas confessaram e admitiram ser integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). O juiz decretou as prisões e descartou a necessidade de exame no Imol (Instituto Médico Odontológico Legal).

Crime – Além de Jéssica e Lislie, mais dois suspeitos de participação estão foragidos. Informações repassadas à polícia, dão conta de que Luquen Luis Martines dos Santos, 25 anos, tem envolvimento na morte da vítima.

Ele foi visto dirigindo um Chevette Dourado com três mulheres no dia anterior ao crime e havia se escondido na Rua Atenas, no Jardim Inápolis. Os militares foram até o local indicado, mas ao perceber a movimentação da PM, Luquen pulou o muro da casa e fugiu.

Os policiais foram recebidos por Lislie que autorizou a entrada da equipe na residência, onde estavam Jéssica e uma mulher identificada como Esmeralda. Foram feitas buscas no entorno, mas o rapaz não foi encontrado. Lislie e Jéssica mentiram o nome, mas depois falaram a verdade. As duas tinham mandados de prisão em aberto.

Questionada sobre o crime, Lislie confessou que tinha participação no homicídio e contou que, no sábado (29 de setembro), por volta das 21h, recebeu ligação de um presidiário, cujo nome não foi divulgado.

A ordem era para ir até uma residência no Núcleo Industrial, junto a Jéssica e outro homem, identificado apenas como Juliano, para encontrar a vítima que estava mantida em cativeiro e a levar em Chevette até o local de execução.

No local, Juliano e Jéssica seguraram a vítima e Lislie a executou a golpes de faca. Depois fugiram no automóvel. Porém, durante o retorno o carro quebrou. Os três, então, acionaram um motorista de aplicativo para irem embora. Mais tarde, Lislie e Jéssica foram a um baile e conheceram Esmeralda e Luquen.

Depois da festa, as três foram dormir na casa de Luquen. Indagada se o rapaz participou do crime, Lislie respondeu "que tinha coisas que não podia contar". Jéssica confirmou o fato relatado por Lislie. Esmeralda afirmou que não tem participação no crime e veio de São Paulo há um mês para fazer programas sexuais e havia conhecido os três suspeitos naquela noite, após o crime.

Conforme o delegado José Roberto de Oliveira, Lislie tinha três mandados de prisão em aberto por tráfico de drogas. Jéssica tinha dois pelo mesmo crime. A vítima também tinha mandado de prisão em aberto por roubo. A hipótese de que Sorraira foi abusada sexualmente foi descartada pela polícia.

No local do cativeiro, na Rua Rosa Vermelha ao lado do lote 10 B Q 14, foram encontrados um short jeans com bolso rosa e um casaco azul, além de uma cópia de certidão de nascimento em nome de Tatiane Cristina Aranda Carneiro.

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