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Capital

Namorada tem rosto quebrado em 4 partes; filho de médico é suspeito

Bruno Chaves | 05/01/2014 12:36
Vítima teve fraturas no maxilar e abaixo do olho direito (Foto: Reprodução/Facebook)
Vítima teve fraturas no maxilar e abaixo do olho direito (Foto: Reprodução/Facebook)

A virada do ano foi traumática para uma jovem de 18 anos. Ela começou 2014 com quatro fraturas no rosto, duas no maxilar e duas abaixo do olho direito. Para a família de Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, o principal suspeito da agressão é o namorado Matheus George Tannous, 19. Para o pai do rapaz, o médico Michel Georges Tannous, os jovens se amam e o acidente foi causado por excesso de bebida.

De acordo a Polícia Civil, o “fato” ocorreu na madrugada do dia 1º de janeiro de 2014, por volta de meia-noite e meia, em um edifício na Rua São Paulo, na Vila Gomes. Os dois estavam sozinhos no apartamento, que é da mãe de Giovanna.

Matheus relatou à polícia que a namorada teria caído e batido o rosto no chão, após uma discussão. Ele afirmou que os dois tinham bebido para comemorar o Ano Novo e que a jovem teria ficado depressiva.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado para atender o caso e encontrou a vítima inconsciente e gravemente ferida. Giovanna estava com traumatismo craniano e foi levada, entubada, para a Santa Casa.

Policiais militares também atenderam a ocorrência e vistoriaram o apartamento, que não tinha evidências de luta corporal. Só havia sangue no lugar em que Giovanna teria caído. No entanto, ainda conforme a Polícia Civil, o jovem Matheus estava com o corpo coberto pelo sangue da vítima.

O registro policial ainda informa que Matheus ligou para o porteiro pedindo ajuda. Os primeiros socorros foram prestados por um médico que também mora no edifício.

Para a mãe de Giovanna, Janaína Nantes Tresse, a vítima foi vítima de agressão. Ela afirma no boletim de ocorrências que a menina estava com o corpo tomado por hematomas, além das quatro fraturas no rosto.

Desdobramentos – O pai da vítima, Luiz Carlos de Oliveira, 45, prefere não fazer nenhuma afirmação precipitada. Em conversa com a reportagem do Campo Grande News, ele afirma que “tudo indica que foi agressão”.

“Aquilo não é sequela de tombo não. Mas temos que esperar exames do corpo delito do IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) para saber o que aconteceu”, diz.

Ele lembrou que logo após a virada do ano recebeu uma ligação de Matheus. “Ele estava chorando e dizendo que a Giovanna tinha caído”, conta.

O representante comercial ainda destacou que sempre foi a favor do namoro entre os jovens. “Ele sempre se mostrou amigo e gentil. Isso está muito estranho”, pensa.

Para o pai do rapaz, os jovens se amam e a menina ficou machucada após queda (Foto: Reprodução/Facebook)
Para o pai do rapaz, os jovens se amam e a menina ficou machucada após queda (Foto: Reprodução/Facebook)

Facebook – O caso da suposta agressão ganhou repercussão na rede social Facebook na noite de ontem (4). O usuário Alexandre Panziera postou uma foto de Giovanna com o rosto bem inchado. Até o momento, a publicação recebeu 371 compartilhamentos.

“Namorada de filho de médico foi encontrada em apartamento desmaiada com o rosto totalmente desfigurado em estado crítico com varias fraturas na face como o maxilar quebrado em 4 partes”, escreveu o usuário.

Ele pede para que a polícia investigue o caso e que o agressor seja punido. “A adolescente se encontra internada na Santa Casa de Campo Grande aguardando melhorar o seu quadro clínico para poder passar por cirurgias para reconstituir a face”, completa o texto na internet.

Defesa – O nefrologista Michel Georges Tannous, pai de Matheus, foi procurado pelo Campo Grande News para apresentar a versão do rapaz sobre os fatos. Ele diz que no dia 1º de janeiro, “os dois estavam bêbados na passagem do ano e ela caiu”.

“Estamos esperando a perícia. Esse termo de agressão não convém agora. Estou sendo sincero e estou chateado com essa situação. Estão falando isso antes do laudo pericial e vou tomar providencias. Os advogados estão a postos e tudo será esclarecido”, afirma.

Para o médico, os jovens se amam e não houve agressão. “Meu filho é um garoto bom, não é de agredir ninguém. Não estou passando a mão na cabeça. Estou apenas aguardando a perícia”, concluiu.

O caso é investigado pela DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

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