Nem fiscalização inibe infrações em obra na rotatória da Joaquim Murtinho
Condutores forçam ultrapassagem, provocando pequenos acidentes e lentidão; obra irá durar cinco meses
Nem a presença de agentes de fiscalização de trânsito inibem os motoristas apressados que tentam se dar bem e passar à frente na rotatória que liga a avenida Eduardo Elias Zahran a Rua Joaquim Murtinho. O trecho está em obras, situação que tumultua ainda mais o já complicado trânsito.
Em cerca de 40 minutos, a reportagem do Campo Grande News flagrou diversas irregularidades, mesmo na frente dos fiscais da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), como ultrapassagens indevidas, motociclistas avançando por entre os carros e passagem de faixa sem sinal de seta.
A Construtora Rial Ltda será responsável pela substituição das rotatórias por semáforos, obra orçada em R$ 819,9 mil. Conforme edital, a empreiteira tem 90 dias - contados a partir da assinatura da primeira ordem de serviço - para terminar os serviços.
O projeto no dispositivo na Avenida Zahran é semelhante ao adotado nas rotatórias das Avenidas Mato Grosso/Nelly Martins e Interlagos/Gury Marques, que também ganharam sinalização semafórica.
A obra começou na Rua Joaquim Murtinho e os trabalhadores ocupam a extensão da pista a partir da Rua Ceará até a pequena rotatória acima do terminal Hércules Maymone, no sentido centro-bairro. Nas duas rotatórias, quatro fiscais da Agetran tentam controlar o trânsito.
Próximo ao terminal, o trânsito em duas pistas fica restrito a apenas uma faixa. Os condutores vão até o limite da interdição e, depois, forçam passagem para a outra pista, piorando a lentidão no trecho.
Esse foi o motivo da colisão envolvendo o carro do aposentado Mário Tutume, 65 anos, que conduzia Vitrus que foi atingido na lateral por caminhão. "Ele queria entrar na faixa da esquerda e forçou caminho", contou. "Aqui o trânsito já é acumulado, estreitou mais ainda com a obra".
O aposentado Antônio Pereira, 75 anos, já adotou rotas alternativas para escapar do trânsito que já era congestionado. “Falta disciplina para as pessoas em Campo Grande, acham que a rua é só deles, não dão condições para os condutores que seguem na frente ou atrás".
O jardineiro Gabriel Ocampos, 18 anos, trabalha em frente do trecho em obras. "Muitos motoristas não respeitam os pedestres, passam no sinal vermelho, bem em frente à escola, quase todo dia a gente vê esse tipo de coisa aqui".
A Agetran orienta que os motoristas evitem passar pelo trecho durante as obras e procurem rotas alternativas para acesso aos bairros e centro.
Quem vai da Ceará para a Zahran, a rota alternativa é pegar a Avenida Ricardo Brandão, entrar na Rua Nova Era, Cayová e sair na Zahran novamente.
Quem vai do bairro para o centro, a sugestão é pegar a Joaquim Murtinho, depois Rua Helena Antipoff e São Vicente de Paula, voltando para a Joaquim Murtinho.