ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 24º

Capital

No Cetremi, migrantes dormem em colchões infestados de percevejos

Devido ao calor e falta de camas, muitos acolhidos das ruas estão dormindo no pátio central da unidade

Danielle Valentim | 06/02/2019 11:00
Ala dos migrantes conta com dois quartos e um bagageiro. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Ala dos migrantes conta com dois quartos e um bagageiro. (Foto: Divulgação/Assessoria)

Acolhidos das ruas de Campo Grande e migrantes de outros estados do Brasil estão sofrendo com a situação do Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante). Na última semana, visita do vereador Lívio Viana de Oliveira Leite (PSDB) constatou lotação e infestação de percevejos nos colchões da unidade.

Ala dos migrantes também está infestada por percevejos.  (Foto: Divulgação/assessoria)
Ala dos migrantes também está infestada por percevejos. (Foto: Divulgação/assessoria)
Após pernoite acolhidos das ruas são levados ao Centro, novamente. (Foto: Divulgação/assessoria)
Após pernoite acolhidos das ruas são levados ao Centro, novamente. (Foto: Divulgação/assessoria)

Até janeiro de 2017, o centro atendia cerca de 100 pessoas, com refeições e pernoite. Na época, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) visitou a unidade e admitiu a necessidade de o local passar por adequações, principalmente, com relação à organização do espaço e separação por sexo.

Agora, em 2019, o número chega a 120 pessoas e 145 aos fins de semana. Ainda na visita, o vereador confirmou que há quatro alojamentos para moradores de rua, sendo um masculino, um feminino, um quarto para idosos e um para famílias (ou que estiver com criança). Já a ala dos migrantes conta com dois quartos e um bagageiro.

O vereador Lívio constatou, ainda, que devido ao calor e lotação, os acolhidos da rua estão dormindo no pátio. Não há camas e beliches suficientes e os colchões são colocados no chão do pátio central.

O Campo Grande News indagou a assessoria de imprensa da SAS (Secretaria de Assistência Social) sobre as denúncias, a existência de programação de melhorias na unidade e se, ainda, há a disponibilização de passagens ou trabalho para os migrantes.

Banheiros na unidade.  (Foto: Divulgação/assessoria)
Banheiros na unidade. (Foto: Divulgação/assessoria)
Acolhidos reunidos pela manhã. (Foto: Divulgação/assessoria)
Acolhidos reunidos pela manhã. (Foto: Divulgação/assessoria)

Em nota, a SAS explicou que no âmbito da Assistência Social, o Cetremi acolhe adultos e famílias provisoriamente em situação de rua e desabrigo por abandono, migração e ausência de residência ou pessoas em trânsito e sem condições de se sustentarem.

Além disso, pontua que os acolhidos são atendidos por uma equipe técnica de nível superior, psicólogos e assistentes sociais, que auxiliam no PIA (Plano Individual de Atendimento).

Sobre o trabalho formal, a SAS garante que ainda há encaminhamento dos acolhidos por meio das políticas públicas específicas. De acordo com o PIA, se houver solicitação para reintegração familiar ou busca de trabalho em outras cidades, é concedido o benefício eventual de passagem rodoviária.

A SAS nega a infestação e garante que a imunização e controle de pragas - realizada periodicamente - está dentro do prazo de validade. Com relação a promessa de melhorias no local, a assesosria de imprensa informou que está em andamento já para o ano de 2019 o processo licitatório para a reforma e adequações da estrutura física e aquisição de mobiliários necessários.

Assista ao vídeo gravado pelo vereador:

Nos siga no Google Notícias