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Capital

No Guanandi, a cada chuva alagamentos causam transtorno

Na região, moradores reclamam da falta de escoamento, que segundo eles, causa alagamentos constantes

Geisy Garnes e Kleber Clajus | 06/12/2017 18:13
Maria de Lurdes viu a casa alagada pelo menos sete vezes esse ano (Foto: Kleber Clajus)
Maria de Lurdes viu a casa alagada pelo menos sete vezes esse ano (Foto: Kleber Clajus)

A chuva constante nos últimos dias vem causando dor de cabeça e transtorno a moradores do Bairro Guanandi, em Campo Grande. Diante da falta de escoamento e redes de esgoto “entupidas”, eles passaram a conviver com alagamentos e prejuízos materiais.

Na Rua Tocantins, a doméstica Maria de Lurdes da Silva, de 45 anos, encontrou há três meses uma casa para dividir com outras seis pessoas da família, mas foi só as chuvas começarem para ver o quintal inundado de água por períodos de até quatro dias.

Para ela, a dificuldade de escoar a água é que a casa foi construída abaixo do nível da rua e não tem escape.“O encanamento tá todo entupido no bairro, pelo menos umas sete vezes já encheu, perdi até geladeira, que mandei pro homem da sucata levar. Contratei pedreiro, ele disse que não tem solução. Até a cozinha já ficou cheia de sapinho”, lamentou a moradora.

Na mesma rua, a açougueira Enoir Siqueira, de 52 anos, tenta reformar uma edícula nos fundos de casa para alugar e conseguir uma renda extra, mas a chuva dificulta o sonho. Mesmo depois de colocar o imóvel no mesmo nível da rua, ela viu a água voltar pelo ralo.

O alagamento tomou conta da residência, empenou a porta da edícula e obrigou a moradora a colocar a cama que guardava no local em cima de tijolos. “A rede de esgoto nunca foi boa, me disseram que era erro do pedreiro, mas eles que tinham que dar uma atenção maior ao escoamento e limpeza, como vou alugar se a água não escoar?”.

Para não molhar a cama, moradores colocaram tijolos nos pés da cama (Foto: Kleber Clajus)
Para não molhar a cama, moradores colocaram tijolos nos pés da cama (Foto: Kleber Clajus)

Enoir lembrou que mora no bairro há 4 anos, mas o problema começou recentemente. Para o pedreiro Cláudio Peres, de 51 anos, responsável pela obra na casa da açougueira, a chuva e os alagamentos não só atrasaram o serviço, como danificaram os materiais de construção. “Já tinha avisado aos dois auxiliares que essa era a última semana, mas não vai dar”, falou.

Nesta quarta-feira (6) a chuva na Capital foi intensa e rápida - características da chamada "chuva de manga" - e atingiu pontos isolados da cidade. Segundo a Defesa Civil, não houve registro de pontos de alagamentos e chuva mais intensa aconteceu na região de Anhandui. Nas regiões que abrange os bairros Aero Rancho, Parati e Piratininga, os pluviômetros registraram 23 milímetros de água.

A cada chuva, Maria de Lurdes vê a casa alagada (Foto: Kleber Clajus)
A cada chuva, Maria de Lurdes vê a casa alagada (Foto: Kleber Clajus)
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