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Capital

Nosso Lar para de receber pacientes do interior e alega falta de repasse

Direção afirma que o Governo de MS deixou de repassar R$ 600 mil por quatro meses de atraso em repasse

Mayara Bueno | 24/11/2017 16:27
Hospital Nosso Lar, na Vila Planalto, em Campo Grande. (Foto: Simão Nogueira/Arquivo).
Hospital Nosso Lar, na Vila Planalto, em Campo Grande. (Foto: Simão Nogueira/Arquivo).

O Hospital Nosso Lar, especializado em atendimento psiquiátrico em Campo Grande, afirma que o Governo de Mato Grosso do Sul não repassa R$ 150 mil a título de convênio há quatro meses. Em novembro, o montante chega a R$ 600 mil.

Conforme o diretor da instituição de saúde, Enier Guerreira da Fonseca, o dinheiro abrangia o atendimento e internação de 28 pacientes do interior. Destes, 12 já receberam alta. No entanto, com a falta de repasse, o hospital suspendeu o recebimento de novos pacientes de cidades de MS.

O dirigente explica que o convênio foi firmado em maio deste ano e que o Estado repassou o dinheiro apenas nos dois meses seguintes. Mas a partir de agosto o dinheiro não caiu na conta.

"A resposta é que não tem dinheiro para pagar. Já entramos em contato, conversamos", disse Enier em relação à negociação com o governo estadual.

Além deste convênio, o Nossa Lar atende em alas particulares e mantém convênio com a prefeitura de Campo Grande, que repassa R$ 88 mil mensais para atendimento de 23 pessoas - contrato que está em dia, afirma o diretor. Ao todo, a capacidade da instituição é de 150 pacientes.

Como a regulação de pessoas para atendimento é do Estado, no que se refere aos pacientes do interior, o hospital não sabe precisar o tamanho da procura. "Mas sabemos que a demanda é altíssima".

A maioria das pessoas que são atendidas no Nosso Lar sofre de esquizofrenia. E o hospital é referência no atendimento psiquiátrico, não só em Campo Grande, onde é o único. Hospital Regional não possui especialização no setor e a Santa Casa está fechando sua área.

No Estado, ainda de acordo com o diretor, somente Paranaíba possui atendimento psiquiátrico, além da Capital.

A reportagem ligou para o secretário de Saúde do Estado, Nelson Tavares, mas as ligações não foram atendidas. Também enviou o questionamento por email para assessoria do governo, mas não obteve resposta até o momento.

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