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Capital

Nova 14 de Julho trará para o Centro o conceito de "cidade inteligente"

Projetadas para transformar a região, obras são financiadas pelo BID e tem conclusão prevista para 2019

Kleber Clajus | 03/08/2018 13:04
Projeto contempla árvores do Cerrado, iluminação em LED e videomonitoramento em todas as quadras (Foto: Divulgação)
Projeto contempla árvores do Cerrado, iluminação em LED e videomonitoramento em todas as quadras (Foto: Divulgação)

Projetadas para transformar o Centro, as obras do Reviva Campo Grande também aplicam o conceito de "cidade inteligente" na área central, mesmo que por ora sejam visíveis apenas as intervenções de drenagem e esgoto.

O projeto contempla melhorias nas estruturas de fibra ótica, energia elétrica, sincronização de semáforos, expansão do videomonitoramento, disponibilidade de sinal wi-fi gratuito, espaço para co-working e incubadora de startups.

Catiana Sabadin, coordenadora da central de projetos especiais da prefeitura, explicou que todas as intervenções urbanísticas têm na tecnologia o suporte para promover conforto, segurança e conectividade ao cidadão campo-grandense que ansiava por um centro atrativo.

Haverá a disponibilidade, por exemplo, de alteração de semáforos para favorecer o fluxo de ônibus do transporte coletivo, enquanto pelo menos duas câmeras vão acompanhar todo o trânsito de veículos e pedestres em cada uma das catorze quadras requalificadas.

Como o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) não permitiu a instalação de painéis para criar sombra na calçadas, devido a proximidade da Esplanada Ferroviária, árvores nativas do Cerrado vão colorir a paisagem e proteger as pessoas do sol. Lâmpadas de LED iluminam tudo à noite.

As redes de fibra ótica, renovadas e futuramente não mais visíveis na paisagem, deverão possibilitar oferta de sinal wi-fi público e gratuito em toda a extensão da Rua 14 de Julho.

Espaço de co-working e incubadora de startups, ainda com as áreas para implantação em análise, reforçam necessidade da Capital desenvolver todo seu potencial tecnológico e de empreendedorismo. Para tanto, Catiana relatou que universidades e outros parceiros são mobilizados a fim de fortalecer esse aspecto vanguardista da proposta de requalificação.

Fases - Intervenções contemplam entre 12 a 14 quadras, com extensão de 1,4 km, sendo utilizados tapumes para não prejudicar o acesso de clientes as lojas. Com adoção de duas frentes de obras, buracos para drenagem e rede de esgoto serão feitos até o fim do ano.

Jane Moura, 53 anos, contempla canteiro de obras e já imagina um centro mais atrativo (Foto: Saul Schramm)
Jane Moura, 53 anos, contempla canteiro de obras e já imagina um centro mais atrativo (Foto: Saul Schramm)
Tapumes são proteção a clientes como Pedro Paulo, 47 anos, que frequenta a 14 de Julho (Foto: Saul Schramm)
Tapumes são proteção a clientes como Pedro Paulo, 47 anos, que frequenta a 14 de Julho (Foto: Saul Schramm)

O marceneiro Pedro Paulo Moreira, 47 anos, comparou a situação atual com uma dor de dente que precisava ser tratada e que resolver agora possibilitará ganhos futuros. Para a funcionária pública aposentada Jane Moura, 53 anos, o Centro vai se tornar mais atrativo para se realizar compras, devido a variedade de empresas e preços que já dispõe.

Por outro lado, a vendedora Maria Aparecida Benites, 58 anos, aposta que a mudança deve ser acompanhada por manutenção das novas estruturas que ainda vão ser instaladas. Já os consultores de vendas Marlon Brando dos Santos e Edmilson Escobar, de 25 e 43 anos, tem esperança de que a queda nas vendas de 70% seja revertida quando o projeto for concluído.

São realizadas na 14 de Julho alterações nas redes de distribuição de energia elétrica, água, gás e coleta de esgoto. Na sequência, as calçadas receberão piso especial, o asfalto vai ser recapeado, a iluminação de LED instalada, sinalização viária favorecerá os pedestres, assim como o paisagismo trará para a 14 de Julho os ipês, jacarandás, palmeiras e até guavira.

A Engepar Engenharia Ltda arrematou os três lotes da obra, conhecida anteriormente como Reviva Centro, custeada por empréstimo de US$ 56 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e com previsão de entrega até o fim do próximo ano.

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