Número de homicídios cresce 22% este ano na Capital
Polícia Militar afirma que está atuando preventivamente e faz operações constantes na Capital
A Capital de Mato Grosso do Sul registrou aumento considerável no número de homicídios em 2022, conforme dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Até esta quinta-feira, 28 de julho, são 70 homicídios em Campo Grande, sendo que no mesmo período do ano passado, foram 57 registros. Um aumento de 22,8%. O último caso ocorreu na terça-feira (26), quando Adriano Ferreira Ocampos, de 34 anos, foi morto a tiros.
Os dados mostram que somente no mês de janeiro, o número é quase o dobro se comparado ao mesmo período de 2021, quando foram 8 homicídios. Este ano o número chegou a 15. A estatística da Sejusp faz a comparação entre os meses e anos, sendo que apenas nos meses de março e abril do ano passado houve mais registros que em 2022: foram 12 mortes em março de 2021 e este ano 10. Já em abril do ano passado foram registrados 10 homicídios. Neste ano, são oito.
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Em todo Mato Grosso do Sul também houve aumento nos casos, conforme os dados da Sejusp. A estatística mostra que foram registrados 233 crimes de janeiro a julho de 2021. Neste ano, de 1º de janeiro a 28 de julho, já são 252. Em Dourados foram 36 homicídios no ano passado e 19 neste ano. Em Coxim foi registrado apenas um homicídio em 2021, já este ano, são quatro mortes pelo crime.
O coronel da Polícia Militar de MS, Emerson de Almeida Vicente, comandante do policiamento metropolitano da Capital, afirmou que as equipes estão empenhadas em operações constantes para a repressão de crimes. Contudo, afirma que o homicídio é de difícil combate.
"A gente atua com a prevenção, para que durante uma abordagem consiga reprimir uma pessoa que está indo cometer o delito. Contudo, mesmo com a prevenção, é um crime difícil de combater, visto que as pessoas já vão com a intenção de cometer o crime, que é geralmente é premeditado", pontuou.
Mortes recentes na Capital - Na terça-feira (26), Adriano Ferreira Ocampos, de 34 anos, foi executado com 11 tiros em frente de casa no Bairro Jardim Los Angeles, na frente do filho. Para a polícia, Adriano provavelmente teve morte encomendada. Dois suspeitos, que ocupavam uma motocicleta, aida não foram encontrados.
Na segunda-feira (25), Rogério Baez Fernandes, de 19 anos, foi morto a tiros na frente dos pais no Jardim Noroeste. A suspeita dos parentes é que dívida de drogas tenha motivado o assassinato. No dia anterior ao crime, Rogério foi acusado de estupro de vulnerável contra a enteada.
No sábado, 23 de julho, Rodiney da Costa Rodrigues, de 31, o “Batata”, foi morto a tiros pelo amigo de infância, no Bairro Cohab. Nesta quarta-feira (27), o acusado, Eryck Rodrigues, se apresentou à polícia. Em depoimento confessou que atirou no amigo após ser agredido, porque Batata teria “tomado as dores” de outro rapaz. Eryck foi ouvido e liberado. Ambos os casos seguem sob investigação da 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.