ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Número de homicídios cresce 75% e janeiro é o mais violento em 4 anos

Bruno Chaves | 05/02/2014 18:10
Assassinos de enfermeiro encontrado morto no dia 26 de janeiro ainda não foram identificados (Foto: Marcos Ermínio)
Assassinos de enfermeiro encontrado morto no dia 26 de janeiro ainda não foram identificados (Foto: Marcos Ermínio)

Dados da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) revelam que o início do ano de 2014 é considerado o mais violento dos últimos quatro anos. Em janeiro desse ano, 14 pessoas foram assassinadas em Campo Grande contra oito no mesmo mês do ano passado. Na Capital, o número de homicídios dolosos, quando há intenção de matar, cresceu 75% de 2013 para 2014.

O ano de 2010 foi o mais brutal na Capital sul-mato-grossense. Nos primeiros 31 dias, 18 pessoas foram assassinadas na cidade. De lá para cá, os números foram caindo – 9 mortes em janeiro de 2011; 11 assassinatos em janeiro de 2012; e 8 homicídios em janeiro de 2013 –, até 2014.

No interior, a quantidade de homicídios em janeiro também aumentou de ano a ano, conforme balanço da Sejusp. Nos 31 dias de janeiro de 2012 foram 31 homicídios dolosos; em 2013, 39 assassinatos; e em 2014, 41 mortes provocadas.

Segundo o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, o aumento de 75% no número de assassinatos na Capital é perceptível por causa dos homicídios passionais. “Ocorreram cinco homicídios dolosos passionais dentro das casas. Esses números fizeram a diferença”, diz.

O secretário emenda: “por serem passionais e dentro de residências, são tipos de homicídios em que a polícia não pode fazer prevenção. Assim como qualquer tipo de homicídio, é difícil de fazer a prevenção porque os assassinos se preparam para não serem descobertos”.

Mesmo como aumento nos casos de assassinatos em todo o Estado, Jacini chama a atenção para a eficiência do trabalho das polícias. “Dos 14 homicídios dolosos da Capital, por exemplo, 11 já foram esclarecidos e tiveram autoria definida. Ou seja, os autores já foram presos”, informa.

Casos que chamaram a atenção – Alguns casos de homicídios ganham grande repercussão na imprensa devido a brutalidade ou mistérios. Um desses casos é o do técnico de enfermagem Hodair Fagundes Adorno, 36 anos, encontrado morto na manhã do dia 26 de janeiro no apartamento em que morava, na Avenida Noroeste, no Cabreúva.

O técnico de enfermagem estava jogado no chão da cozinha. O corpo dele estava bastante ensanguentado e com várias perfurações feitas a faca. O caso foi descoberto depois de um vizinho sentiu um forte cheiro vindo da casa da vítima e acionou a polícia. O apartamento teve que ser arrombado, pois estava trancado.

Outro crime foi a morte da garota de programa Kátia Loup Pereira, 20, no dia 27 de janeiro. Atacada a tesouradas pelo garçom Jorge Armando Vieira Júnior, 35, a garota morreu porque seu cliente não conseguiu manter uma ereção. A mistura de uísque e drogas teria incentivado o crime.

Nos siga no Google Notícias