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Capital

Olarte adia para 10 de outubro decisão sobre reajuste de professores

Aline dos Santos e Kleber Clajus | 02/10/2014 12:17
Presidente da ACP, Geraldo (à esquerda) lembrou que reajuste é lei. Olarte (centro) prometeu avaliar as finanças. (Foto: Kleber Clajus)
Presidente da ACP, Geraldo (à esquerda) lembrou que reajuste é lei. Olarte (centro) prometeu avaliar as finanças. (Foto: Kleber Clajus)

A reunião entre o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), e a direção da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública ), realizada na manhã desta quinta-feira, terminou sem acordo e com uma nova data para o fim da negociação. Agora, o prazo termina em 10 de outubro.

Até essa data, o prefeito deve anunciar se o reajuste de 8,46% será pago de forma integral ou escalonada. A prefeitura alega dificuldades financeira, já a associação lembra que o reajuste está previsto em lei.

“É tão pouco o reajuste, está criando dificuldade que não precisaria criar”, afirma o presidente da ACP, Geraldo Alves Gonçalves. Para ele, o prefeito tem boa vontade em cumprir, mas enfrenta dificuldade financeira. Por enquanto, a categoria descarta paralisação.

Sobre o resultado da reunião, Geraldo afirma que foi dado novo prazo. “O prefeito quer cumprir o reajuste e se tiver informação que pode cumprir antes vai comunicar ao sindicato”, diz. O dia 10 corresponde à data de fechamento da folha de pagamento dos servidores municipais.

De acordo com a ACP, a remuneração inicial vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.

Olarte promete avaliar a situação financeira, mas antecipou o pedido de voto de confiança. “Hoje, teria como pagar o aumento, mas escalonado. Vamos ver como se comportam os recursos e se a gente consegue algo específico para atender esse aumento que é de lei. Vou dar resposta até o dia 10. Senão, estou pedindo voto de confiança dos professores para o prefeito que tem feito tudo para o segmento”, afirmou o prefeito em entrevista ao Campo Grande News.

Ainda segundo Olarte, a crise financeira foi herdada da gestão do prefeito cassado Alcides Bernal (PP). O reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.

Para garantir o pagamento do 13º salário e dos contratos para obras no final deste ano, a prefeitura vai elevar o desconto e antecipar o recebimento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para dezembro, além de realizar um empréstimo de R$ 43 milhões.

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