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Capital

Onda de furtos atormenta vizinhança e deixa prejuízo de ao menos R$ 20 mil

Em menos de um mês, três vizinhos foram furtados na região do Bairro São Francisco

Karine Alencar e Liana Feitosa | 15/12/2022 16:18
Onda de furtos atormenta vizinhança e deixa prejuízo de ao menos R$ 20 mil
Ladrão saindo do local com caixa de ar condicionado na cesta da bicicleta. (Foto: Reproduação)

Uma onda de furtos no Bairro São Francisco tem tirado a paz de quem vive há décadas na região mais antiga e tranquila de Campo Grande. Em menos de um mês, moradores e comerciantes chegaram a contabilizar mais de R$ 20 mil em prejuízos.

No local há 28 anos, a cabeleireira aposentada Marilene de Lima, de 62 anos, não só reside, como tem um salão de beleza na Rua Júlio Barone, trecho que se tornou alvo de criminosos. Sem conseguir mencionar o dia ao certo, ela relata que teve a caixa de compensador do ar condicionado do estabelecimento furtada em plena luz do dia.

"Levaram a caixa externa do meu ar de manhã, e eu fui avisada pelos vizinhos, que me ligaram desesperados. Depois disso, fizemos uma estratégia, um morador colocou uma caixa velha lá para ver quem é o ladrão", conta. Imagens de câmera de segurança, fornecida por ela, mostra o homem saindo com o objeto na cesta de uma bicicleta.

Onda de furtos atormenta vizinhança e deixa prejuízo de ao menos R$ 20 mil
Marilene conta teve a caixa de compensador do ar furtada em plena luz do dia. (Foto: Karine Alencar)

Moradora da mesma rua, a advogada Juliana Carvalho conta que precisou viajar para cuidar da saúde do pai e deixou o material de trabalho em casa. No dia 28 de novembro, o imóvel foi invadido, mas nenhum objeto foi levado, já no dia seguinte, o autor retornou à residência e carregou objeto de valores.

"Isso nunca aconteceu, sempre foi um lugar seguro. São vizinhos antigos, um lugar que sempre teve bastante movimento, agora os bandidos nem ligam para o movimento da rua. Quando recebi a notícia que haviam entrado no imóvel fiquei com um sentimento horrível. Não acreditava", lamenta.

Bastante aflita, Juliana afirma que teve muitos gastos, não só com o que foi levado, como também os custos para monitoramento do local. "Colocando na ponta do lápis, gastei cerca de R$ 5 mil brincando. Aí levaram uma guitarra, casaco de couro e também um notebook", enumera.

Abalado, o auxiliar veterinário Felipe dos Santos, de 21 anos, também foi vítima da ação criminosa na última segunda-feira (12), em frente ao Pet Shopping em que ele trabalha. "O pior de tudo é que a moto nem é minha, é de um colega, agora vou ter que assumir um compromisso de R$ 16 mil para mim", lamenta.

"Era por volta de 14h40 quando aconteceu. Nas câmeras, vimos que um cara deixou ele ali na esquina, ele parou, olhou, subiu na moto, funcionou e foi embora. Após roubar ele levou para um ferro-velho no Aero Rancho. Por acaso a região tem muita gente conhecida da minha família e eles recusaram comprar a moto porque sabiam que era de furto. Agora estamos atrás. Ainda tenho esperança de encontrar porque eu vou ter que arcar com isso se não achar. Meu amigo nem terminou de pagar a moto", disse.

Onda de furtos atormenta vizinhança e deixa prejuízo de ao menos R$ 20 mil
Felipe teve a moto roubada e tenta encontrá-la. (Foto: Karine Alencar)

Assustados, os moradores se uniram e fizeram um grupo no WhatsApp, para que todos possam se ajudar. De olho nas imagens dia e noite, todos ficam na responsabilidade de avisar qualquer atitude suspeita para que alguém possa fazer alguma movimentação.

Mesmo sem ter sido furtada, a advogada Sílvia Aparecida, de 49 anos, relata o medo em conviver com a sensação de insegurança. "Tem muito terreno vazio. Acho que esses ladrões vêm, passam o dia, observam para ver e depois invadem. Tive que colocar algumas câmeras de segurança ali fora para ver se intimidava mais", explica.

Onda de furtos atormenta vizinhança e deixa prejuízo de ao menos R$ 20 mil
Advogada Silvia relata insegurança em trabalhar no local. (Foto: Karine Alencar)

"Já tinha cerca elétrica, mas é assim, muita insegurança. Ficamos apreensivos e às vezes lá da minha casa acordo à noite e penso se está tudo bem. Há um ano com a empresa aqui eu nunca tinha passado por isso. A gente faz até revezamento. Cada hora alguém fica olhando as câmeras e quando percebe algo, um avisa o outro no grupo", finaliza.


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