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Capital

Otimismo marca início da vacinação contra a dengue em Campo Grande

Paulo Fernandes e Paula Maciulevicius | 31/10/2011 22:32
“Até agora, o estudo mostra que a vacina já deu certo", afirma o infectologista Rivaldo Venâncio (Foto: Simão Nogueira)
“Até agora, o estudo mostra que a vacina já deu certo", afirma o infectologista Rivaldo Venâncio (Foto: Simão Nogueira)

Teve início nesta segunda-feira a aplicação da vacina experimental contra a dengue, no Hospital Dia, em Campo Grande.

Por dia, quatro ou mais crianças e adolescentes, na faixa etária de 9 a 16 anos, serão vacinados. Ao todo, 500 pessoas passarão pelo teste da vacina.

Haverá ainda algumas pessoas que receberão apenas um placebo – vacina falsa, usada para testar a eficácia do produto.

A equipe responsável pela vacinação em Campo Grande tem 30 pessoas, incluindo médicos, enfermeiros, farmacêuticos e o pessoal de informática.

Para o coordenador estadual da pesquisa, o infectologista Rivaldo Venâncio, “é uma conquista ter a vacina na fase final”. “Agora não pode dar nada errado”, acrescentou.

As crianças e adolescentes tomarão três doses da vacina. A etapa da primeira vacinação experimental pode durar pouco mais de 3 meses. Após seis meses será aplicada a segunda dose e 12 meses depois a terceira. O único efeito colateral esperado é febre.

Os “pacientes” serão monitorados por 25 meses. Eles receberão um telefonema por semana e terão um número de telefone celular do Plantão Médico para poderem receber atendimento, se necessário.

Em toda a América Latina (Brasil, Colombia, Honduras, México e Porto Rico), 20,8 mil pessoas receberão a vacina. Em uma faixa etária mais avançada, ela também está sendo testada no Sudeste Asiático.

A preocupação do infectologista Rivaldo Venâncio é com o preço da vacina. “Até agora, o estudo mostra que a vacina já deu certo. Eu espero que ela seja acessível à população e que possa se adequar ao SUS (Sistema Único de Saúde) para proteger a população”, afirmou. “Fica grande a expectativa do custo-benefício, se será acessível”, acrescentou.

Pai de duas crianças voluntárias, o promotor de vendas Ronaldo Cavalcante da Silva, de 35 anos, vê o teste como uma oportunidade para os meninos de nove e 11 anos.

“Poucas pessoas têm essa oportunidade. É bom para saúde dos meus filhos e para em um futuro próximo descobrir um medicamento eficaz à doença”, afirmou. “Além disso, desde pequeno eles aprendem a lidar com a prevenção à dengue”.

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