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Capital

Outono é tempo de taturanas e queimaduras já levaram 2 para hospital

Kleber Clajus | 01/04/2018 09:34
A mais conhecida delas é automeris, em tom esverdeado.
A mais conhecida delas é automeris, em tom esverdeado.

Era uma quarta-feira pela manhã, quando a servidora pública Lucyleide Brazuna, 46 anos, decidiu limpar o jardim de sua casa em Campo Grande. Contudo, não esperava tocar uma taturana camuflada embaixo de folhas de ipê. O veneno presente na espécie queimou sua pele, gerou dor,  inchaço do braço e ela precisou recorrer ao socorro médico.

"Nem sabia que tinha taturana venenosa. Achei só que queimava. Serve de alerta para as pessoas que vão mexer com jardim, como recomendou uma médica, para usar luva até o cotovelo. Fiquei mais esperta e avisei a vizinhança toda sobre isso", ressaltou Lucyleide.

Outono é tempo de alerta, com infestação desse tipo de inseto. Recentemente, um menino e uma mulher tiveram de ser internados em Campo Grande por conta das queimaduras.

O biológo do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), Isaias Pinheiro, comentou que as lagartas que vão se transformar em mariposas ou borboletas entram em seus casulos no inverno. Até lá recomenda-se atenção para indícios da presença dos insetos, como queda de folhas e fezes arredondadas embaixo das árvores ou próximo das plantas do jardim.

Isaias explicou que as taturanas que apresentam risco são divididas em dois grupos, sendo as com "pêlos" e "espinhos". O veneno é produzido por glândulas dentro de cerdas que, no contato com a pele, causam sintomas como dor, queimação local, inchaço e vermelhidão.

As automeris, caracterizadas pela cor verde com detalhes avermelhados e brancos são um dos exemplos mais comuns daquelas com pêlos, enquanto a Lonomia obliqua apresenta cor marrom, manchas brancas em formato de "u" e "pinheirinho" em seu corpo. Seu veneno vai além dos sintomas comuns, levando a hemorragias, insuficiência renal e até a morte.

Tratamento - Se o acidente já ocorreu, se recomenda lavar a região com água fria, fazer compressas frias e buscar atendimento médico, levando o animal consigo para que seja possível identificar seu tipo de veneno. As lonomias, por exemplo, vivem agrupadas e são mais comuns nas cidades de Nioaque e Bataguassu, por isso o cuidado deve ser redobrado.

Dúvidas também podem ser sanadas pela equipe do Civitox, que possui atendimento 24h, por meio dos telefones (67) 3386-8655 ou 0800 722 6001.

Prevenção - Medidas preventivas, como o uso da luva recomendado a Lucyleide, incluem ainda o uso de camisas de mangas longas para evitar contato direto com as taturanas, antes de se apoiar para colher frutas ou podar árvores observar se há insetos no local e evitar que crianças estejam próximas de plantas com o animal, uma vez que elas podem ser atraídas a tocá-las devido a sua coloração. 

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