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Capital

"Pacientes não podem ficar nos corredores por mais de 24 horas", diz promotora

Em coletiva nesta tarde, promotora Filomena Fluminham alerta sobre superlotação de UTIs e pede ajuda da população

Lucia Morel e Ana Oshiro | 16/12/2020 18:03
Promotora Filomena Fluminham em coletiva nesta tarde. (Foto: Paulo Francis)
Promotora Filomena Fluminham em coletiva nesta tarde. (Foto: Paulo Francis)

“Não podemos permitir que pacientes fiquem no corredor ou no pronto atendimento. Eles não podem ficar ali mais que 24 horas”. Com essas palavras, a promotora de Justiça, Filomena Fluminham, falou sobre a ação proposta pela 32ª Promotoria para ampliar leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Campo Grande.

A Ação Civil Pública com pedido de tutela de urgência foi impetrada ontem na Justiça e pede ampliação de 182 para 212 o número de leitos de UTI na Capital num prazo de 5 dias.

O pedido ainda não foi apreciado pelo juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais, que já intimou a prefeitura e o Governo do Estado a se posicionarem dentro de 24 horas em relação à petição.

Conforme a promotora, a rede de saúde, seja ela pública ou privada em Campo Grande, está à beira do colapso, diante de ocupação que, muitas vezes, ultrapassa o limite instalado de vagas de UTI, com pacientes com covid-19 permanecendo internados em corredores adaptados ou nos prontos socorros.

"Estamos próximos ao colapso da saúde. Além dos leitos, precisamos de comprometimento da população”, sustentou a promotora, enfatizando que o pedido foi apenas de ampliação de leitos porque a imposição de medidas mais restritivas e duras dependem do Poder Público.

“Nós preferimos registrar que o MP está com a ação cívil pública. As medidas de restrição e economia são dos gestores. A decisão é do gestor de qual medida tomar ou não”, afirmou, sinalizando, no entanto, que a atitude pode ser reavaliada caso a situação piore.

Em alerta, Filomena disse que este precisa ser um “momento de comprometimento social”, mas que “não estamos vendo isso na população”, sobre o distanciamento social e cumprimento de medidas restritivas.

“Têm havido vários casos de pessoas que não possuem comorbidades. Se cuidem! Nós podemos não ser a exceção. Não tem como saber, então se cuidem!”, salientou.

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