ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Pais de alunos autistas protestam contra substituição de professores

Segundo o grupo, professores especializados estão sendo substituídos por profissionais do Ensino Médio, prejudicando aprendizado

Silvia Frias e Fernanda Palheta | 10/12/2019 11:18
Grupo resolveu ir à Câmara para mostrar insatisfação com a mudança nas escolas (Foto: Fernanda Palheta)
Grupo resolveu ir à Câmara para mostrar insatisfação com a mudança nas escolas (Foto: Fernanda Palheta)

Grupo de mães e pais de crianças autistas está na Câmara Municipal em protesto pela mudança, considerada abrupta, dos professores classificados como APE (Auxiliares Pedagógicos Especializados) por AEI (Assistentes Educacionais Inclusivos) no acompanhamento desses alunos.

Segundo o grupo, formado por 10 a 15 mães e pais, a mudança está sendo feito desde julho, afetando o aprendizado das crianças autistas. Eles estão com cartazes e um banner com um print de uma página de Facebook atribuída ao prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), em que ele defende a inclusão de alunos e manutenção de professores destinados aos autistas.

Adriana Belei, 45 anos, é mãe de menina autista de 10 anos, e disse que os pais não foram consultados dessa mudança. Segundo ela, os AEIs tem Ensino Médio, sendo assim, com remuneração menor e 40h de trabalho. Os APEs em atuação precisam ter graduação especializada e carga horária de 20h, com salário maior.

Este contingenciamento, segundo as mães, já provocou efeito nas crianças. Adriana diz que o vínculo de confiança estabelecido com o profissional, até então em atividade, foi quebrado e alguns não quiseram nem voltar à escola.

“Não queremos cuidadoras, queremos que alguém que faça esse trabalho pedagógico”, disse Adriana.

Helenice Duarte, 42 anos, disse que o grupo resolveu levar o protesto à Câmara para que os vereadores e o prefeito estejam cientes da insatisfação dos pais. “Se ficarmos quietos, vai parecer que estamos de acordo e não estamos”.

A reportagem entrou em contato com assessoria da prefeitura e aguarda retorno.

Nos siga no Google Notícias