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Capital

Palestinos protestam contra a guerra e recolhem doações a refugiados

Filipe Prado e Luciana Brazil | 02/08/2014 11:18
Cerca de 20 palestinos se reuniram para arrecadar doações para refugiados e conscientizar população (Foto: Marcos Ermínio)
Cerca de 20 palestinos se reuniram para arrecadar doações para refugiados e conscientizar população (Foto: Marcos Ermínio)

Cerca de 20 palestinos e descentes se encontraram na Praça Ary Coelho, na manhã de hoje (2), em um ato para arrecadar doações para refugiados e conscientizar população sobre a guerra entre a Palestina e Israel.

A comunidade palestina em Campo Grande possui cerca de 12 famílias. Entre os descendentes estava o psicólogo Amin Taher Asrieh, 25 anos. Ele contou que o objetivo do ato é divulgar a situação da palestina, abrir um debate sobre a guerra e estimular as doações para os refugiados.“Nossa intenção não estimular ódio a Israel, até porque a maioria lá também é contra a guerra”, comentou Amin.

Um abrigo - UNRWA- para refugiados da guerra foi criado pela ONU (Organizações das Nações Unidas) e atende palestinos no Egito, Síria, Líbano, Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Pelo site da entidade é possível fazer doações que são destinadas diretamente aos refugiados. "Este ato quer também levar ajuda aos palestinos e, assim, estimular as doações por meio do site".

Amin afirmou que não quer estimular o ódio contra Israel (Foto: Marcos Ermínio)
Amin afirmou que não quer estimular o ódio contra Israel (Foto: Marcos Ermínio)

A mãe de Amin, que já havia comprado passagem área antes do início do conflito, embarcou para Cisjordânia na quarta-feira passada.  “Como já estava com a passagem, ela embarcou. Ela diz que o clima está tenso, mas por enquanto sem ataques na região". Como na Palestina não há aeroportos, o único caminho é por terra, área controlada por Israel. O psicólogo explicou que há postos de fiscalização entre as cidade, que são próximas umas das outras.

"Minha mãe conseguiu entrar, mas eu, como sou homem e jovem, teria dificuldade, pois achariam que tenho perfil de militante”, revelou.

Também descendentes de palestino, o secretário da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) Jamal Salém se juntou ao ato. “Crianças, velhos e inocentes estão morrendo com a guerra. E eles não tem para onde ir. É como se fosse uma prisão”, concluiu.

Para Amin, a guerra não é justa e poderia terminar se Israel "realmente quisesse". "A palestina apenas se defende dos ataques. Israel tem muito mais poder bélico que a Palestina. A Palestina só está se defendendo. Sabemos que 80% das pessoas que morreram são civis. ”, acrescentou.

"Também não entendo o Hamas (organização islmâmica palestina e que controla a Faixa de Gaza) como um grupo justo, porque se fosse, também não agiriam desta forma, que acaba matando inocentes. E o que Israel está fazendo é desproporcional. Israel tem interesse financeiro em continuar com a guerra e os Estados Unidos também, porque financia, por isso apoia a guerra", desabafou.

De acordo com divulgações internacionais, cerca de 1.600 palestinos já morreram no conflito, enquanto 8.360 pessoas ficaram feridas. Em Israel, 63 pessoas já perderam as vidas, na maioria militares.

Doações – Para doar basta acessar o site www.unrwa.org.br, que é filiado a ONU.

Eles pedem o fim do genocídio (Foto: Marcos Ermínio)
Eles pedem o fim do genocídio (Foto: Marcos Ermínio)
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