Para abrir, mercados e farmácias terão de bancar transporte
Para funcionários da saúde, orientação é que informem aos chefes que não têm meio de locomoção para que ele tome providências
A partir de amanhã (21), o transporte coletivo não vai funcionar nem para funcionários dos considerados serviços essências. Pelo menos é o que prevê o decreto, assinado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) e publicado em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande desta sexta-feira (20).
O artigo 3º estabelece que empresas e entidades providenciem meios alternativos de locomoção dos trabalhadores. São as farmácias, hipermercados, supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, quitandas e centros de abastecimento de alimentos, lojas de conveniência, lojas de venda de alimentação para animais, distribuidores de gás, lojas de venda de água mineral, padarias, restaurantes e lanchonetes, além dos postos de combustíveis.
O decreto prevê ainda que as empresas de ônibus mantenham “o quantitativo mínimo de pessoal disponível 24 horas, para atender situações emergenciais”, caso de pessoas doentes, como explicou o prefeito em transmissão ao vivo pelo Facebook na tarde desta sexta-feira (20).
Sobre o transporte dos funcionários dos estabelecimentos de saúde, a orientação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) é que aqueles que não tiverem condução própria e condições de se deslocar até o trabalho procurem a sua chefia imediata para comunicar a situação. “Cada caso será avaliado de maneira individual”.
Suspensão - Marquinhos determinou a suspensão total do transporte por pelo menos 15 dias. O prefeito defende que a medida é necessária para frear a transmissão do novo coronavírus em Campo Grande antes que a situação se torne caótica. Ao vivo no Facebook, Marquinhos disse que ele e a equipe estão atentos e usando os “bons exemplos” no mundo para tentar impedir o agravamento da pandemia.
O chefe do Executivo municipal rebateu críticas de que estaria exagerando. "Temos de pegar exemplos bons e não repetir as coisas negativas. Não é brincadeira gente, a coisa esta tomando proporção muito grande. Hoje, 627 pessoas morreram na Itália. Vou repetir, 627 pessoas morreram num só dia. A curva de contágio no Brasil, segundo especialistas, está muito parecida com a da Itália e lá, as cidades que tomaram medidas como nos estamos tomando tiveram menor impacto”, argumentou.
Modificações podem ser feitas se necessário, diz o decreto sobre a suspensão do transporte.