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Capital

Para dar conta de 900 denúncias em 48 horas, Guarda aumenta equipes

Os atendentes passaram de seis para 12h por turno. Ainda assim, as linhas ficam diariamente congestionadas

Geisy Garnes e Liniker Ribeiro | 08/06/2020 18:08
Equipes atendem a população no Centro Integrado de Controle Operacional (Foto: Paulo Francis)
Equipes atendem a população no Centro Integrado de Controle Operacional (Foto: Paulo Francis)

Para conseguir atender às crescentes denúncias sobre a quebra do isolamento social em Campo Grande, a Guarda Municipal precisou aumentar as equipes de trabalho e agora pede paciência e apoio da população para verificar todas as informações que chegam aos telefones do Centro Integrado de Controle Operacional. Só neste fim de semana, 934 denúncias foram feitas ao 153.

Segundo o secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, o aumento das ligações caminha ao lado do crescente descumprimento do toque de recolher e do relaxamento das medidas de distanciamento impostas pela Prefeitura desde março. Para atender o máximo de denúncias possível, foi necessário ampliar o número de guardas municipais no atendimento.

A equipe passou de seis para 12 pessoas por turno. Ainda assim, as linhas ficam diariamente congestionadas. Por isso, o secretário pede ajuda da população para analisar as situações, filtrar as denúncias e repassar para a Guarda Municipal grandes aglomerações: reunião com mais de 100 pessoas e partidas de futebol, por exemplo.

Ainda conforme o secretário, das 934 ligações registradas nesse último fim de semana, 70% eram denúncias de “baixo poder ofensivo”, como duas ou três pessoas tomando tereré e bares com poucas pessoas, todos sentados e com distanciamento recomendado pelas autoridades, onde nem o som estava alto. “Entra uma ligação para denunciar alguém tomando tereré, enquanto a outra ligação poderia ser para denunciar uma festa com 200 pessoas”.

Secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja (Foto: Paulo Francis)
Secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja (Foto: Paulo Francis)

Azambuja lembrou da festa realizada no mês passado em uma chácara afastada da Capital, a cerca de 9 quilômetros, próximo a MS-010, na saída para Rochedo. “Rave em plena pandemia é o fim do mundo. A gente luta, pede para que não tenha aglomeração, e alguém vai lá e patrocina esse tipo de festa. É preciso ter a consciência, onde tem duas pessoas contaminadas, contaminam o ambiente, contaminam outras pessoas”

“Pedimos que quando a pessoa for denunciar, ela mesma possa avaliar. As vezes não atendemos a ligação porque estão todos ocupados e não porque não tem equipe no atendimento”, reforçou o secretário.

Conforme Azambuja, todas a denúncias são verificadas pelos guardas. Justamente por isso, as equipes enfrentam outros dois obstáculos na agilidade do atendimento: a distância de uma ocorrência para outra e os trotes, ainda muito comuns. “Às vezes o cidadão fica irritado porque a equipes estão em uma ocorrência e precisa terminá-la antes de ir para uma próxima. Ainda pode acontecer dos endereços serem distantes um do outro. Pedimos paciência e a ajuda dos cidadãos”, exemplificou.

“Temos evitado ao máximo encaminhar para a delegacia, estamos trabalhando na base da orientação e prevenção, e tem funcionado”, avaliou. Ainda assim lembrou que desrespeitar as medidas pode responder criminalmente. A Polícia Militar também faz o trabalho de verificação às denúncias, mas também enfrenta o grande número de denúncias pelo 190.

Em um único fim de semana, 934 denúncias foram feitas ao 153 (Foto: Paulo Francis)
Em um único fim de semana, 934 denúncias foram feitas ao 153 (Foto: Paulo Francis)


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