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Capital

Paralisação de administrativos prejudica funcionamento de escolas municipais

Flávia Lima | 28/09/2015 12:26
Em várias escolas, quadro de administrativos ficou parcial na manhã desta segunda-feira. (Foto:Fernando Antunes)
Em várias escolas, quadro de administrativos ficou parcial na manhã desta segunda-feira. (Foto:Fernando Antunes)
Na escola municipal Brígida Ferraz, onde os administrativos não aderiram ao movimento, funcionária fazia a limpeza do pátio. (Foto:Fernando Antunes)
Na escola municipal Brígida Ferraz, onde os administrativos não aderiram ao movimento, funcionária fazia a limpeza do pátio. (Foto:Fernando Antunes)

A paralisação dos agentes administrativos de educação pelo pagamento do vale-alimentação, prejudicou o funcionamento de algumas escolas municipais visitadas pelo Campo Grande News, na manhã desta segunda-feira (28).

Das cinco escolas visitadas, a maior parte contou apenas com uma parcela dos administrativos, o que fez com que professores e até diretores assumissem funções como a de monitoramento dos alunos durante os intervalos.

Apenas duas escolas visitadas, a Brígida Ferraz Fóss, na Vila Jacy e a José Rodrigues Benfica, na Vila Florista, mantiveram o funcionamento normal, já que os administrativos decidiram não aderir ao movimento.

Na Brígida Ferraz, inclusive, funcionários realizavam a limpeza do pátio quando a reportagem chegou à escola.
Nas demais escolas, os funcionários que decidiram não aderir a greve, tiveram serviço redobrado. Foi o que ocorreu na escola Bernardo Franco Baís, na Vila Santa Luiza, próximo a região central e a mais antiga da rede.

Segundo informações repassadas ao Campo Grande News, dos 14 agentes administrativos, cinco aderiram ao movimento, afetando os setores de merenda, monitoria e serviços diversos.
Também está com os administrativos parcialmente trabalhando a escola Tertuliano Meirelles,no Bairro Taveirópolis.

De acordo com a diretora-adjunta, que preferiu não se identificar, a escola, que tem 1,1 mil alunos, conta com 20 funcionários ao todo. Na manhã desta segunda, cinco decidiram aderir a greve a apenas três ficaram na escola.

A diretora-adjunta não soube informar como ficaria o funcionamento da unidade no período da tarde e disse que aguardava um posicionamento da Secretaria Municipal de Educação, caso o movimento seja mantido ao longo da semana. “Fica difícil manter a escola abeta sem o administrativo completo”, disse.

Para compensar a falta de alguns administrativos, professores realizaram o monitoramento dos alunos durante o intervalo.

A situação mais complicada é na escola Governador Harry Amorim Costa, com 540 alunos e onde dos 22 administrativos, apenas cinco estavam trabalhando. De acordo com o diretor, há casos também de servidores em licença ou férias, o que dificulta mais o funcionamento pleno da unidade.

Para garantir pelo menos a limpeza dos banheiros, ele solicitou o trabalho voluntário de alguns professores, porém, ele ressalta que foi uma medida paliativa desenvolvida apenas nesta segunda-feira.

O monitoramento dos alunos foi feito pelos professores que acompanham os alunos com necessidades especiais. “Não posso pedir essa ajuda todos os dias. Não faz parte das obrigações do professor”, destacou.

Já na cozinha, a escola conta com uma funcionária da Seleta, mesmo assim, ela conseguiu servir apenas bolacha e leite. O diretor diz que também aguarda um posicionamento da Semed para saber que providências tomar, caso a paralisação continue.

Durante manifestação dos agentes de educação, na manhã desta segunda-feira em frente a prefeitura, o prefeito Alcides Bernal (PP) prometeu depositar o valor do vale-alimentação da categoria, que é de R$ 190,00, até o final do dia para garantir o retorno ao trabalho dos servidores.

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