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Capital

“Parecia mais um barulho de avião”, diz testemunha sobre Vectra

Nadyenka Castro | 10/02/2011 11:06

Porteiro afirmou que velocidade do carro era muito alta

Da esquerda à direita, Anderson, William e Kenneth. Três réus no caso Mayana. (Foto: João Garrigó)
Da esquerda à direita, Anderson, William e Kenneth. Três réus no caso Mayana. (Foto: João Garrigó)

Testemunha do acidente que resultou na morte de Mayana de Almeida Duarte, ocorrido na madrugada do dia 14 de junho, em Campo Grande, o porteiro de um prédio próximo ao local da colisão reafirmou que o Vectra dirigido por Anderson de Souza Moreno estava em alta velocidade.

Ele já tinha feito a afirmação à Polícia Civil e nesta quinta-feira contou ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o que viu e ouviu, assim como outros dois colegas dele.

Os três estavam em frente ao prédio onde trabalham e viram quando o Vectra e o Uno passaram na avenida Afonso Pena, sentido shopping/centro em velocidade acima do permitido pela via.

Ao ser questionado pela defesa de um dos réus sobre a velocidade do Vectra e a de outros veículos que trafegam também “correndo” pela via, o trabalhador respondeu. “Passou de 80 [Km/h] já é alta velocidade. Este [o Vectra] parecia mais um barulho de avião”.

O relato dele coincide com o laudo feito pela perícia sobre o acidente. No documento, assinado por dois peritos, consta: “Ressalto aqui que a velocidade excessiva desenvolvida pelo veículo Vectra foi a causa agravante do acidente”.

As outras duas testemunhas presenciais ouvidas nesta quinta-feira pela manhã também afirmaram que o veículo estava “correndo”, assim como o Fiat Uno, o qual era conduzido por Willian Jhonny de Souza Ferreira, outro réu na ação.

Os dois são acusados de estarem fazendo racha na avenida momentos antes do acidente. Os trabalhadores do prédio declararam que viram quando o Vectra ultrapassou o carro popular e ambos continuaram a seguir em alta velocidade.

Além dos três trabalhadores que viram os veículos momentos antes da colisão com o Celta dirigido por Mayana, os quais afirmaram a alta velocidade e a passagem pelo sinal vermelho, a Justiça também ouviu duas amigas da vítima.

Elas disseram que Mayana era uma pessoa alegre, que ingeria bebidas alcoólicas socialmente e que dirigia devagar e com cautela. Uma delas, há oito anos amiga de Mayana, contou que quando a jovem excedia no consumo de álcool em festas realizadas na casa dela, dormia antes de dirigir.

Esta mesma amiga declarou que verificou que muitas informações foram apagadas do orkut de Anderson após o acidente.

Mesmo local- Outra amiga da vítima relatou que antes da colisão Mayana estava no bar Valentino, mesmo local onde também estava Anderson, e que a viu com copo na mão, mas não sabia afirmar o que era.

Já Anderson disse à Polícia que havia tomado duas latas de cerveja, no entanto, fotografias mostram ele com garrafas de cerveja na mão. A conta dele, de William e de Kenneth Gonçalves Pereira da Silva, somou R$ 91. Consta consumo de cervejas e tequilas.

Laudo- O documento da perícia revela que a velocidade do Vectra era de aproximadamente 110Km/h e o Celta de Mayana, 60 Km/h. No laudo consta ainda que o acidente foi causado porque um dos veículos passou no sinal vermelho e, caso o semáforo estivesse em alerta, a preferência seria do Celta, que seguia pela rua José Antônio, à direita da avenida Afonso Pena.

Acusação-Anderson e William respondem pelos crimes de disputar racha e homicídio doloso. Já Kenneth por falso testemunho.

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