ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 32º

Capital

Pela primeira vez em 18 anos, Olarte vai escalonar salários de servidores

Edivaldo Bitencourt e Antonio Marques | 14/07/2015 10:02
Secretário em exercício, Ivan Jorge, anuncia parcelamento de salários ao lado de sindicalista, Marcos Tabosa (Foto: Fernando Antunes)
Secretário em exercício, Ivan Jorge, anuncia parcelamento de salários ao lado de sindicalista, Marcos Tabosa (Foto: Fernando Antunes)

Pela primeira vez em 18 anos, a Prefeitura Municipal de Campo Grande não vai pagar até o 5º dia útil o pagamento dos salários dos 25.470 servidores públicos. O pagamento do mês de julho será escalonado entre os dias 7 e 21 de agosto, segundo o secretário em exercício de Planejamento, Fianças e Controle, Ivan Jorge.

Em decorrência da crise, que se instalou na Capital desde o início do ano, o prefeito Gilmar Olarte (PP), não concedeu reajuste aos servidores municipais e enfrentou três greves: dos médicos, professores e enfermeiros.

Agora, nesta terça-feira (14), ele anunciou o pagamento escalonado do salário de julho. A maior parte dos funcionários, 20 mil, que recebem até R$ 3 mil, vão ter os vencimentos depositados no dia 5 de agosto e o dinheiro será liberado 48 horas depois, dia 7.

Os 3,3 mil servidores, com vencimentos de R$ 3 mil a R$ 5 mil, vão receber no dia 14 de agosto, também dois após o depósito. Os 1.073 funcionários, com ganhos de R$ 5 mil a R$ 7 mil, vão ter o dinheiro liberado no dia 18, 24 horas após o depósito.

Os 1.097 restantes, com vencimento acima de R$ 7 mil, vão receber no dia 21 de agosto, três dias após o dinheiro ser depositado.

Segundo o secretário Ivan Jorge, os salários de agosto ainda não há definição de escalonamento, mas vai depender de novos cortes e do incremento da receita. Olarte tem esperanças de que um projeto, já encaminhado à Câmara, que prevê o desconto de juros e correção monetária para o pagamento de dívidas pelos contribuintes, poderá elevar a arrecadação.

Atualmente, a folha foi reduzida de R$ 108 milhões para R$ 96 milhões. Segundo Jorge, para ficar abaixo do limite prudencial, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, o índice deveria cair de 53,59% e ficar abaixo de 51,3%.

Convocado para acompanhar a coletiva sobre o escalonamento, o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), Marcos Tabosa, “elogiou” a medida de austeridade. Ele até agradeceu ao prefeito Gilmar Olarte por ter conversado com antecedência e entende o momento “muito difícil” do município.

“Não fazemos oposição por oposição. Estamos do lado dos servidores”, reafirmou o sindicalista, que já fez protesto na administração de Alcides Bernal (PP) porque o pagamento não foi feito no 1º dia do mês.

Nos siga no Google Notícias