Perito com histórico de propina e prisão é promovido, mas tem nomeação revogada
Nomeação, que saiu no Diário Oficial do Estado de segunda-feira (2), foi revogada hoje
Mesmo com histórico de envolvimento em esquema de propina, demissão e prisão preventiva decretada em 2022, o perito criminal Rogério Insfran Ocampos foi promovido pela Sejusp-MS (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) a um cargo de chefia no órgão responsável por perícias criminais do Estado.
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Perito criminal envolvido em esquema de propina e com histórico de irregularidades foi nomeado e posteriormente destituído de cargo de chefia na Sejusp-MS. A nomeação, publicada no Diário Oficial do Estado, foi revogada por "erro administrativo", segundo a polícia científica. Rogério Insfran Ocampos, que seria designado para chefiar o Núcleo Regional de Criminalística em Ponta Porã, foi alvo da Operação Codicia em 2022, quando foi acusado de receber propinas para favorecer contrabandistas. Em 2014, também foi condenado por uso indevido de veículo apreendido, resultando em demissão em primeira instância.
A nomeação, que saiu no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (2), foi revogada hoje (3). O motivo seria um “erro administrativo”. No texto, Rogério havia sido designado para o cargo de Chefe do Núcleo Regional de Criminalística da Unidade Regional de Perícia e Identificação (URPI).
O nome de Rogério Insfran Ocampos ganhou os holofotes em abril de 2022, durante a Operação Codicia, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Ele e outros policiais civis de Ponta Porã foram acusados de receber propinas para liberar veículos apreendidos e agilizar laudos periciais, favorecendo contrabandistas da fronteira. Segundo a investigação, havia cobrança direta em troca da “vista grossa”.
Ocampos chegou a ser preso preventivamente e afastado das funções públicas.
Reincidente - Em 2014, o perito criminal, designado para levar um veículo apreendido até o Núcleo Regional de Perícias em Nova Andradina, aproveitou-se da posse do automóvel e de sua função pública para usá-lo indevidamente em benefício próprio, mesmo sabendo que o carro estava sob custódia policial.
Chegou, então, a ser demitido, mas com decisão em primeira Instância. Mesmo com condenação, em agosto de 2016 sobre essa situação, continua atuando nas fileiras da instituição.
A reportagem entrou em contato via telefone e e-mail pedindo retorno à Sejusp e Coordenadoria-Geral de Perícias. A Sejusp esclareceu que não se trata de cargo de chefia, mas ainda não deu posicionamento oficial. O espaço encontra-se aberto.
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