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Pesquisa: 64% das pessoas não teme vírus, divulga Marquinhos

“Me preocupou esse percentual porque é muito grande, muito mesmo”, disse prefeito

Anahi Zurutuza | 22/03/2020 17:04
Pesquisa: 64% das pessoas não teme vírus, divulga Marquinhos
O prefeito Marquinhos Trad fez live ao lado de pastor (lado direito dele) e do presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esportes), Rodrigo Terra, na tarde deste domingo (22) (Foto: Reprodução)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) abriu a transmissão ao vivo deste domingo (22) dando os números de pesquisa encomendada pela Prefeitura de Campo Grande sobre a pandemia do novo coronavírus. O levantamento mostra que 26% dos que vivem na Capital “não tem medo nenhum” do vírus, disse o chefe do Executivo municipal.

Outros 38% dizem temer “pouco” contrair o novo coronavírus. Para o chefe do Executivo municipal, que ontem (21) decretou toque de recolher, este é um dado preocupante. Se somados os dois percentuais, o resultado é de mais da metade da amostragem, 64%. “Me preocupou esse percentual porque é muito grande, muito mesmo”.

Marquinhos entende que tais pessoas não têm a verdadeira dimensão do perigo. Numa cidade de 895 mil habitantes - segundo o IBGE -, seriam 570 mil despreocupados, que podem tomar nenhuma atitude para evitar o contágio e se tornar transmissoras da doença, sem vacina e cura.

O prefeito deu um único dado que diz ser positivo, 80% é a favor de decretos como o que ele assinou ontem, que restringe a circulação nas ruas das 22h às 5h e fecha a maior parte dos estabelecimentos comerciais, principalmente bares, conveniências e lanchonetes.

“Ontem chegamos ao extremo com toque de recolher e hoje vamos colocar os desobedientes dentro das delegacias. Não há outra alternativa, não há porque colocar uma população inteira em risco por causa de um número pequeno de pessoas que não quer respeitar a ordem de ficar em casa”

Pandemia – Já são 21 pessoas diagnosticadas com a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus em Mato Grosso do Sul, divulgou a SES (Secretaria de Estado de Saúde) há pouco. Mas, se a epidemia não parar de avançar, ainda na primeira semana de abril, o Estado corre risco de ter mais de 30 mil casos confirmados da doença. A tendência, segundo técnicos, é que as confirmações dobrem a cada dois dias.

“O que nos espera é muito pior. Mas se Deus quiser, não vamos viver o que estamos esperando”, disse hoje ao Campo Grande News a integrante do COE (Comitê de Operações de Emergência) da SES, Mariana Croda, que avalia o pico de casos no Estado entre dentro de duas a três semanas.

A situação prevista vai de encontro ao que afirmou o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, na última sexta-feira. Ele disse que a quantidade de casos deve aumentar exponencialmente entre abril e junho e começarem a cair a partir de julho. O sistema de saúde entraria em colapso, no entanto, já no mês que vem.

A única maneira de conter esse avanço é o isolamento social, ou seja, cada um na sua casa.

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