ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 25º

Capital

PF prende servidora por cobrança de propina do Hospital do Câncer

Funcionária ligada ao Ministério da Saúde cobrava para poder repassar verbas públicas ao hospital

Renan Nucci | 18/06/2014 11:59

A Operação "Lantire", desencadeada na noite de segunda-feira (16) pela Polícia Federal, resultou na prisão de uma funcionária ligada ao Ministério da Saúde, de Brasília (DF), que pedia propina ao Hospital do Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande. A mulher, que não teve a identidade divulgada, pedia certa quantia em dinheiro para poder liberar verbas públicas federais de emendas parlamentares e até um acelerador linear.

A PF informou que o hospital atendia a todos os requisitos previstos em Lei para obter os recursos e o aparelho de radioterapia. A funcionária solicitou a Carlos Coimbra, diretor do hospital, que o pagamento das propinas fosse feito por depósito em conta bancária de laranja, depois identificado como pai de um ex-namorado dela. O valor da pedido pela mulher não foi divulgado pela PF.

A partir de autorização judicial concedida pelo juiz federal Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Federal da Capital, a Polícia passou a monitorar os passos da funcionária. Também com base em autorização judicial, Coimbra disponibilizou recursos pessoais dele para o pagamento parcial, a fim de que as autoridades rastreassem as contas.

Na noite de segunda, a funcionária veio de Brasília para cobrar o recebimento do restante da quantia pedida. Toda a conversa ocorrida entre ela e o diretor do hospital foi filmada e acompanhada em tempo real por policiais. A acusada acabou presa em flagrante no momento que recebia os cheques. Na delegacia, ela disse que agia sozinha. O caso é investigado.

O Campo Grande News tentou contato a assessoria de comunicação do Hospital do Câncer, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta. A reportagem também ligou para o diretor do hospital, Carlos Coimbra, mas as ligações não foram atendidas até o fechamento da matéria.

Nos siga no Google Notícias