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Capital

PF preso alega que milícia furtou pen drive com dados sobre fazendeiro

Aos promotores do Gaeco alegou não saber como o material foi parar na mão de Marcelo Rios, preso com arsenal em maio deste ano

Geisy Garnes e Liniker Ribeiro | 03/10/2019 16:16
Adriano Magno na chegada ao Gaeco (Foto: Liniker Ribeiro)
Adriano Magno na chegada ao Gaeco (Foto: Liniker Ribeiro)

O policial federal Everaldo Monteiro de Assis, de 60 anos, afirmou em depoimento nesta quinta-feira (3) que o pen drive apreendido com arquivos sobre a vida do fazendeiro Edilson Francischinelli, reunidos por ele, foi furtado de dentro do seu carro. Para os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) alegou não saber como o material foi parar na mão do grupo de extermínio.

Quem contou a versão do policial federal foi o advogado Adriano Magno de Oliveira, que junto com o juiz aposentado Odilon de Oliveira, o vereador Odilon de Oliveira Júnior e Alício Garcez Chaves, fazem a defesa de Everaldo.

Ao Campo Grande News, o advogado explicou que Everaldo foi ouvido justamente sobre o dossiê encontrado no pen drive, apreendido com Marcelo Rios no dia 19 de maio, quando ele foi preso com arsenal. A defesa detalhou que os arquivos faziam parte de uma investigação feita pelo policial federal.

Segundo Everaldo, o pen drive foi levado por bandidos de dentro do seu carro, junto com outros objetos. Na data ele teria esquecido a janela aberta e não registrou boletim de ocorrência sobre o caso porque sequer sabia que os arquivos estavam no pen drive furtado. “Ele ficou bastante surpreso com a prisão, esperava ser ouvido”, contou Adriano Magno.

Os policiais civis Elvis Elir Camargo Lima e Frederico Maldonado Arruda também prestaram depoimento nesta tarde. Conforme o advogado Márcio Sandim, responsável pela defesa dos dois, as perguntas foram direcionadas a relação deles com Márcio Cavalcanti da Silva e Vladenilson Daniel Olmedo, também policiais civis.

Márcio e Vladenilson estão presos preventivamente. “Foram feitos questionamentos básicos, se eles se conhecem, o nível de amizade, se frequentam a casa um do outro”. Sandim explicou que os quatro policiais se conhecem, mas que os clientes não são “amigos íntimos” dos outros dois alvos da operação.

“Na polícia, como força de segurança, acaba impossível eles não se conhecerem. Eles se conhecem, mas não tem o nível de amizade íntimo, não frequentam a casa, não são pessoas que tem lazer juntos. Mas o fato de serem policiais e se conhecerem, na visão do Ministério Público, foi suficiente para a prisão temporária”.

Reforçando que não existe qualquer prova robusta que vincule os clientes aos crimes que estão sendo investigados na operação, Sandim afirmou que agora deve entrar com o pedido de revogação da prisão temporário dos dois policiais.

Os dez alvos de prisão temporária da Operação Omertà, realizada na sexta-feira, dia 27 de setembro, contra o grupo de milicianos comandados por Jamil Name e Jamil Name Filho, o Jamilzinho, prestam depoimentos nesta tarde.

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