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Capital

Plano de transporte e mobilidade é publicado 6 anos após elaboração

Ricardo Campos Jr. | 26/07/2015 08:48
Contrafluxo na Avenida Calógeras foi sugerido para ligar Costa e Silva com a 14 de Julho (Foto: Marcos Ermínio)
Contrafluxo na Avenida Calógeras foi sugerido para ligar Costa e Silva com a 14 de Julho (Foto: Marcos Ermínio)

A prefeitura de Campo Grande tornou público o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana seis anos após a elaboração do documento. As diretrizes e sugestões de melhoria para a cidade foram feitas em consultoria prestada por uma empresa contratada pelo município em 2009 e muitas já estão defasadas.

O arquivo está disponível em quatro partes nos suplementos do diário oficial de 10 de julho. Segundo informações da assessoria de imprensa do município, o material foi divulgado por orientação do MPE (Ministério Público Estadual).

Várias das medidas sequer chegaram a sair do papel, como por exemplo a ligação entre a avenida Costa e Silva com a rua 14 de Julho, onde chegou a ser cogitada a construção de um pontilhão sobre o Cemitério Santo Antônio.

Outras sugestões foram descartadas, como o viaduto na rotatória da Mato Grosso com a Via Parque ou o uso do canteiro da Afonso Pena como corredor exclusivo de ônibus.

Algumas recomendações, por conseguinte, até agora não saíram do papel, como a instalação de semáforos sincronizados e coordenados por uma central de operações; construção de dois terminais de transbordo, sendo um no Tiradentes e outro na Avenida dos Cafezais e melhorias na região central.

Defasagem – O engenheiro especialista em licenciamento, gestão, perícia, auditoria, planejamento urbano, saneamento e mobilidade Aroldo Abussafi Figueiró não questiona o mérito do plano elaborado em 2009, mas afirma que ele deveria ser atualizado.

“Nos planos diretores você coloca para revisão em cinco anos, então, já deveria estar sendo revisto. Mobilidade é um assunto muito dinâmico, não quer dizer que [o documento] está certo ou errado, mas podemos complementar as ideias”, opina.

A releitura das sugestões feitas pela empresa consultora, conforme Figueiró, poderia partir de uma análise em conjunto pelo município, conselhos de urbanismo e o CAU (Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo) e CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia).

“Nesse assunto cabe todo um pensamento e um trabalho. Eu acho que isso deveria ser completamente rediscutido”, conclui.

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