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Capital

"Poderia ter evitado", diz homem que matou adolescente por engano em baile funk

Michael Esquivel brigou com desafeto em um baile, atirou e atingiu João Benites, que morreu aos 17 anos

Silvia Frias e Bruna Marques | 19/11/2021 10:35
Michael (de moletom) está sendo julgado por homicídio simples. (Foto: Bruna Marques)
Michael (de moletom) está sendo julgado por homicídio simples. (Foto: Bruna Marques)

Acusado de matar João Carlos Benites Fernandes com tiro na cabeça, Michael Vinicius Pereira da Silva Esquivel, 27 anos, admitiu o crime e disse que não conhecia a vítima,   morta por engano. “Não precisava ter ido naquela festa, eu fui e deu esse B.O. todo, poderia ter evitado”.

Michael está sendo julgado esta manhã, na 2ª Vara Tribunal do Júri em Campo Grande, pelo crime ocorrido na madrugada de 31 de março de 2017, durante baile funk no Jardim Itamaracá.

João morreu aos 17 anos, com tiro na cabeça. (Foto: Arquivo)
João morreu aos 17 anos, com tiro na cabeça. (Foto: Arquivo)

O alvo do rapaz era Maickon Alves Marques, com quem tinha desavença anterior. Os dois chegaram a brigar e, armado, Michael Esquivel atirou, mas acabou atingido João, que não tinha nenhuma relação com a desavença. Atingido na parte frontal do crânio, morreu aos 17 anos, no dia 1º de abril, na Santa Casa.

No depoimento prestado ao juiz Aluizio Pereira dos Santos, Esquivel contou que fugiu para uma chácara, onde ficou até 10h do dia seguinte ao crime. Depois, foi para casa de mulher que o alertou que a polícia estava procurando por ele por “Maickão”.

Esquivel saiu, passou em bar e, depois, encontrou homem identificado como Gauchinho, que comprou a arma por cerca de R$ 1,2 mil ou R$ 1,5 mil, mesmo sabendo que o revólver tinha sido usado no crime no baile funk.

O acusado seguiu para a casa da avó, onde pretendia pegar as roupas e fugir, ainda sem saber se iria para São Paulo ou para a casa da mãe. Porém encontrou o tio, que o convenceu a se entregar, dizendo que “não era assim que se resolviam as coisas”. Ainda ficou dois dias escondido antes de se apresentar à Polícia Civil.

O réu disse que não conhecia João, a vítima da briga entre ele e desafeto. “Não conhecia o João, nem um familiar dele, até hoje não conheço”. Diz se arrepender de ter ido ao baile. “Mas a gente quer baile, quer ver a mulherada, acabou que eu fui”.

O desafeto Maickon Alves Marques morreu no dia 23 de julho de 2017, em emboscada no Jardim Campo Alto, em que também morreu Reynam Felipe Vieira de Oliveira. O motorista de aplicativo que transportava os dois rapazes, Nelson Tobaru, foi ferido e perdeu parcialmente os movimentos.

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