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Capital

'Ninguém teve dó da minha mãe', diz acusado de matar no Estrela do Sul

Ana Paula Carvalho | 14/10/2011 17:00

Ele negou crime em feira do Estrela do Sul, mas confessa outro homicídio na mesma região

Jovem sorriu enquanto comentava homicídio. (Foto: Pedro Peralta)
Jovem sorriu enquanto comentava homicídio. (Foto: Pedro Peralta)

Wagner Martins de Oliveira Júnior, de 19 anos, conhecido como "Pezão" foi apresentado na tarde desta sexta-feira (14) pela Polícia Civil e Militar, acusado de ter matado Ederson dos Santos Malaquias, de 28 anos, na madrugada do dia 04 de setembro, na rua Alameda do Café, no Jardim Imperial.

Ele alegou que três dias antes do crime, Ederson, que era usuário de drogas, tentou matá-lo com uma faca. E que a briga entre os dois era antiga por conta de uma desavença de gangues dos bairros Jardim Imperial e Estrela do Sul. Wagner disparou vários tiros de revólver calibre 38 contra o homem.

Um deles atingiu as costas e o projétil atravessou as costas e perfurou o lado esquerdo do braço. Ele morreu no local.

“Se precisasse mataria de novo. Ninguém teve dó da minha mãe porque eu tenho que ter dó dos outros”, afirma referindo-se à mãe assassinada no dia 15 de agosto deste ano.

Segundo ele, a mãe era trabalhadora e nunca tinha feito nada errado. "Pegaram minha mãe que nunca fez nada para ninguém. Ela era trabalhadora", reforça.

Suspeito - Ele também é suspeito de ter participado da morte de Kayo Weslley, de 16 anos. O adolescente foi atingido por vários tiros na cabeça, na noite do dia 22 setembro, na rua Mestre Valentim, em uma feira livre do bairro Estrela do Sul, em Campo Grande. Ele morreu seis dias depois na Santa Casa. Ele não tinha passagens.

Wagner nega o envolvimento, mas segundo o delegado que investiga o caso, Weber Luciano Medeiros, as investigações apontam que um adolescente teria efetuado os disparos da garupa de uma moto e que era o preso quem estava conduzindo o veículo.

Outro crime - Wagner também confessou ter dado dois tiros em Eliezer José Borges, também no mês de setembro. Segundo a Polícia, ele desceu de um carro e efetuou vários disparos, um acertou Eliezer na perna e outro no pé. O motivo seria uma briga por causa de dívida de droga.

Ele alega que foi um acidente, que estava com a arma e que ela disparou sem querer. Ainda segundo ele, o próprio Eliezer teria confirmado isso, mas o delegado nega essa informação. A vítima afirma, apenas, que conhecia o autor.

Prisão - O acusado foi preso na noite do 28 de setembro durante uma operação conjunta da Polícia Militar e da Polícia Civil. Segundo o Major Jurassy Pereira da Paz, comandante do 9ª Batalhão da PM, pelo menos 20 policiais cercaram Wagner na feira. “Ele é bastante perigoso e estava aterrorizando a região”, afirma.

Wagner, quando menor, tem passagem por roubos qualificados, furtos e tentativa de homicídio doloso.

Mãe assassinada - No dia 15 de agosto deste ano, a mãe de Wagner foi assassinada enquanto dormia dentro de casa no bairro Estrela do Sul. Os tiros eram direcionados ao filho, mas ele não estava em casa.

A cabeleireira Maiza de Oliveira, de 46 anos, foi atingida por dois tiros e morreu devido ao envolvimento do jovem com o tráfico de drogas.

Maiza dormia quando foi atingida pelos tiros. Os assassinos não entraram na casa. Fizeram os disparos do lado de fora e como a residência é de madeira, os projéteis transfixaram a parede e mataram a cabeleireira.

Testemunhas disseram à Polícia que uma caminhonete Blazer passou na frente da residência e um ocupante efetuou vários disparos. A mulher foi atingida por um tiro nas costa e outro no braço esquerdo.

Uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionado, mas o médico da unidade constatou que Maísa estava morta. No local do crime, peritos encontraram mais de 10 cápsulas de bala. Duas motos, que estavam no fundo da casa, também foram alvejadas.

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