Polícia faz varredura de desaparecidos para identificar corpo encontrado em rio
Estão sendo feitas buscas de mulheres com as características do cadáver, sem tatuagem, entre 25 e 40 anos
Após quase um mês, a polícia ainda não conseguiu identificar o corpo de uma mulher encontrado debaixo do pontilhão do Rio Anhanduí, em Campo Grande. O delegado Rauali Kind Mascarenhas, da 5ª DP (Delegacia de Polícia Civil), é o responsável pelo caso.
“O laudo de identificação está não conclusivo, porque o corpo foi encontrado em estado avançado de putrefação. Nós estamos levantando informações de todas as mulheres com as características desse corpo encontrado e olhando uma por uma nos registros de boletim de ocorrência de pessoas desaparecidas, dos últimos três meses, na faixa etária dos 25 aos 40 anos, que não tem tatuagem”, explicou o delegado ao Campo Grande News.
“A princípio não foi identificado sinais de violência, aparentemente não foi um homicídio, mas estamos aguardando. Falta o lado necroscópico para confirmar a causa da morte”, completou.
Ainda de acordo com Rauali, de agosto até o dia 9 de novembro, existem 145 ocorrências de pessoas desaparecidas. Deste total, cerca de 60 são mulheres.
Após conseguir identificar a pessoa, a polícia vai tentar localizar os familiares. “Mas a nossa linha de investigação agora é entrevistar as pessoas das imediações de onde ela foi encontrada. A pessoa que localizou vai ser ouvida, pedimos também para ouvir os policiais militares que atenderam a ocorrência no dia em que ela foi encontrada”, ressaltou.
Entenda – O corpo da mulher foi encontrado debaixo do pontilhão do Rio Anhanduí, no dia 18 de outubro, no cruzamento das Avenidas Ernesto Geisel com a Manoel da Costa Lima, no Bairro Guanandi.
O cadáver foi localizado de bruços, preso numa pedra e com o corpo encoberto pela água. Para não atrapalhar os trabalhos, os andarilhos que ficam debaixo do viaduto foram retirados pelos policiais. A mulher estava vestida de short e top, de cor preta.