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Capital

Polícia identifica e caça falsificador que vendeu RG de major para golpista

Preso, estelionatário não se deu conta e não demonstrou interesse em saber quem era a pessoa no documento

Clayton Neves | 24/04/2019 13:45
Major Paulo Settervall, de 57 anos, morto a facadas na noite do dia 14 de abril em Bonito. (Foto: Arquivo Pessoal)
Major Paulo Settervall, de 57 anos, morto a facadas na noite do dia 14 de abril em Bonito. (Foto: Arquivo Pessoal)

A Polícia Civil já sabe quem é e está à procura do estelionatário que falsificou e vendeu para golpista, o RG do major Paulo Settervall, de 57 anos, morto a facadas no último dia 14 em Bonito. Na noite desta terça-feira (23), Ezio Miranda Fernandes, de 52 anos, foi preso ao tentar comprar uma motocicleta usando o documento falso no nome do militar.

De acordo com o delegado Antônio Ribas Júnior, que registrou o caso, a qualidade da falsificação é suficiente para enganar pessoas leigas, no entanto, em primeiro contato, peritos detectaram a fraude. “Faltam elementos comuns nos documentos verdadeiros”, explica.

O delegado lembra que os dados impressos no RG apreendido com o golpista são os mesmos do major. A suspeita, é de que as informações tenham sido obtidas em rede de acesso onde criminosos compram, vendem e compartilham dados usados em golpes de estelionato.

“O Elzio comprou o RG aleatoriamente, queria apenas a falsificação para aplicar golpes e comprar coisas, não se deu conta e não demonstrou interesse em saber quem era a pessoa”, explica.

Agora, policiais fazem diligências para tentar localizar o suspeito, que não teve a identidade divulgada.

O caso -Segundo informações do boletim de ocorrência, Ezio foi até uma loja e tentou comprar uma motocicleta no valor de R$ 16.832,48 usando um RG no nome de Paulo Settervall. Os funcionários lembraram que o nome apresentado no documento era o mesmo do major assassinado em Bonito e acionaram a polícia.

Ezio assumiu que comprou o RG de um desconhecido morador do Jardim Los Angeles. Ao vender o documento para o suspeito adquirir produtos em lojas da cidade, ele também teria indicado Jallyson Braga da Silva, 30 anos, como receptador dos objetos.

À polícia, Ezio contou que antes de tentar comprar a motocicleta, ele teria efetuado a compra de três televisões, sendo duas delas de 50 polegadas, em uma loja usando o RG no nome de Paulo. Os aparelhos teriam sido vendidos para Jallyson no valor de R$ 2.400,00.

Policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) foram até a casa de Jallyson, no bairro Universitário. No local, eles encontraram uma das televisões compradas de Ezio, além de uma pistola calibre 380. O suspeito ainda tentou esconder um aparelho celular embaixo do sofá.
Jallyson relatou à polícia que comprou as televisões de Ezio e que uma delas teria vendido por R$ 1.200,00 para o seu irmão, Wallyson Braga da Silva, 33 anos.

Os três envolvidos foram encaminhados à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. Wallyson pagou fiança e já foi liberado. Os outros dois envolvidos continuam presos.

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