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Capital

Polícia investiga morte de preso com tornozeleira na Vila Taveirópolis

O homem foi condenado a 20 anos de prisão por participar, junto com o filho, do assassinato do próprio irmão em 2005

Geisy Garnes e Liniker Ribeiro | 19/03/2019 17:35
Corpo foi encontrado caído em uma galeria de lojas (Foto: Kísie Ainoã)
Corpo foi encontrado caído em uma galeria de lojas (Foto: Kísie Ainoã)

A Polícia Civil de Campo Grande investiga a morte de um homem de 57 anos na tarde desta terça-feira (19) na Vila Taveirópolis, em Campo Grande. Carlos Alberto Alves Pires foi encontrado caído na loja de uma galeria na Rua da Pátria. Condenado por latrocínio, ele estava em prisão domiciliar e usava tornozeleira eletrônica.

Gerônimo Moura, morador da região, contou à polícia que viu o momento em que a vítima saiu de um quartinho da galeria de lojas cambaleando, cuspindo muito e com a boca ensanguentada. A pedido dele, o homem correu para chamar o proprietário do local, mas quando voltou já encontrou Carlos caído e sem vida.

O Corpo de Bombeiros foi chamado e no local estranhou a quantidade de sangue encontrada na rua e também no estabelecimento em que Carlos caiu. A Polícia Militar e a Civil foram então chamadas para investigar o caso.

A vigilante Maria Luiza de Souza, de 37 anos, relatou que Carlos havia saído há pouco tempo da prisão, bebia muito e estava com problemas de saúde, que indicavam inicio de cirrose. Apesar disso, lembrou que o amigo acordou bem e tomou café com ela em um bar que também fica na galeria.

Ao Campo Grande News, o dono da galeria, Ivolin Flores, contou que Carlos morava no local há cerca de três semanas. “Ele não tinha para onde ir, então deixei ficar aqui. Ele nasceu e cresceu aqui na região, era conhecido”, contou.

A perícia foi feita no local e o corpo levado para o Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal). Uma única testemunha relatou movimentação estranha pouco antes da morte. Uma motociclista afirmou que passou em frente a galeria e pensou em parar para se abrigar da chuva, no entanto estranhou a presença de um homem “em atitude suspeita” e resolveu ir embora. O suspeito era baixo e vestia uma camisa amarela.

Condenação - O homem foi condenado a 20 anos de prisão por participar, junto com o filho, do assassinato do próprio irmão, Paulo Sérgio Alves Pires. O crime aconteceu em setembro de 2005, no Bairro Belo Horizonte.

Conforme a denúncia do Ministério Público, Carlos pediu para o irmão abrir a porta da casa e neste momento o segurou para que o filho golpeasse com um pedaço de madeira. Na época, os dois moravam no mesmo terreno e por isso Paulo atendeu ao chamado. Ele chegou a ser socorrido e ficou por mais de 40 dias internado, mas não resistiu ao ferimento.

No dia seguinte ao crime, Carlos voltou a casa do irmão e furtou vários objetos, entre eles um aparelho de DVD, micro system, um videocassete, um celular, cerca de R$ 200, uma máquina de lavar roupa, dois jogos de panela e diversas joias e roupas. Por isso foi julgado e condenado por Latrocínio. Em agosto do ano passado ganhou o benefício da prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.

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