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Capital

Polícia investiga participação de bancários em golpe de cheque clonado

Rafael Ribeiro | 10/12/2016 12:06

A Polícia Civil de Campo Grande investiga se há participação de bancários em novo tipo de estelionato praticado na cidade. Os primeiros registros ocorreram na última semana. Folhas de cheque não usadas ou descartadas por clientes acabam clonadas e falsificadas por bandidos. Audaciosos, os autores também clonam o celular das vítimas.

Investigadores da Depac Centro dizem que apuram ao menos três casos semelhantes registrados em agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Donos de comércios de bairro seriam o alvo prioritário do bando.

Funcionários das agências estão sob suspeita porque os golpistas conseguiram informações privilegiadas das vítimas, como a quantia exata do saldo bancário, informações pessoais como documentos e números de telefone e a numeração correspondente dos cheques que não haviam sido descontados até então.

Um dos casos apurados é o de uma comerciante de 51 anos, do Bairro Tiradentes. No último dia 1, gerente responsável pela conta dela a procurou dizendo que um homem havia tentado sacar um cheque falsificado de R$ 80 mil. “Era quase que toda a quantia que eu tinha disponível”, diz.

Funcionários da agência da Caixa, na região central, receberam uma falsa autorização um dia antes de uma mulher que se passou pela vítima. Quando tentaram confirmar a movimentação bancária, descobriu-se que um telefone fixo da comerciante havia sido bloqueado e um celular clonado, justamente os números cadastrado no banco.

Segundo a vítima, a audácia do bando esbarrou na desconfiança da gerente. “Sou cliente há mais de dez anos e nunca saquei tamanha quantia. Ela desconfiou e veio me procurar pessoalmente. Foi um choque muito grande. Não percebi o que aconteceu. Seria muito prejudicada, não teria como pagar fornecedores, ia falir”, diz.

A gerente bancária forneceu cópia do documento usado pelo golpista para tentar sacar o cheque. O homem seria morador de Rondonópolis (MT). Após o registro da ocorrência, a comerciante descobriu que os autores usaram seu número para ligar ao menos duas vezes para Sidrolândia, a 71 km da capital, e ainda tentaram depositar o cheque falsificado em um Bradesco, também da região central de Campo Grande.

Segundo a polícia, as informações fornecidas pela vítima serão incluídas na investigação do caso.

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