Policial penal que repassava celulares a presos do Comando Vermelho é demitido
Odair Pereira da Silva foi condenado a 11 anos de prisão por corrupção passiva e organização criminosa

Alvo da Operação Bloodworm, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), e condenado por corrupção passiva e organização criminosa, o policial penal Odair Pereira da Silva teve a demissão publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (9).
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O policial penal Odair Pereira da Silva foi demitido da Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária) após condenação por corrupção passiva e organização criminosa. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (9). Silva, conhecido como "contador do CV", foi alvo da operação Bloodworm do Gaeco em maio de 2023. Ele foi condenado a 11 anos de prisão por facilitar a entrada de celulares para membros do Comando Vermelho na Penitenciária da Gameleira 2. O Tribunal de Justiça de MS manteve a condenação em maio deste ano.
O texto, assinado pelo diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária), Rodrigo Rossi Maiorchini, diz que a demissão é resultado do que foi exposto e das provas contidas nos autos do PAD (Procedimento Administrativo), de acordo com o relatório final da Comissão Processante e da Nota Técnica da Corregedoria-Geral. No entanto, não detalha o porquê do processo.
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Segundo a investigação do Gaeco, Odair recebia para entregar celulares a presos integrantes da facção criminosa – Comando Vermelho e também era conhecido como “contador do CV” porque desempenhava a função em escritório de contabilidade.
Na época da operação, em maio de 2023, ele estava lotado na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira 2, conhecida como "Federalzinha", onde negociava valores e combinava como introduziria aparelhos celulares no presídio.
Em outubro de 2024, ele foi sentenciado a 11 anos de prisão pelo crime e chegou a recorrer da decisão. No entanto, em maio deste ano, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) manteve a condenação por corrupção passiva e organização criminosa.
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