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Economia

Energia elétrica puxa inflação e IPCA de Campo Grande sobe 0,55%

Resultado representa uma reversão do cenário de deflação registrado em agosto

Por Gabriel Neris | 09/10/2025 10:29
Energia elétrica puxa inflação e IPCA de Campo Grande sobe 0,55%
Torres de transmissão de energia na saída para Três Lagoas (Foto: Marcos Maluf)

Campo Grande encerrou setembro com inflação de 0,55%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado representa uma reversão do cenário de deflação registrado em agosto, quando o índice havia sido de -0,28%. No acumulado do ano, a inflação na Capital soma 2,82%, e em 12 meses chega a 4,64%.

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A inflação em Campo Grande registrou alta de 0,55% em setembro, revertendo a deflação de -0,28% observada em agosto, conforme dados do IPCA divulgados pelo IBGE. O principal fator foi o aumento de 8,85% na energia elétrica residencial, impactado pelo fim do bônus de Itaipu e a manutenção da bandeira tarifária vermelha. O grupo Alimentação e bebidas apresentou queda de 0,53%, com destaque para a redução nos preços de produtos como cebola (-21,99%) e tomate (-12,74%). No acumulado do ano, a inflação na capital sul-mato-grossense soma 2,82%, enquanto em 12 meses atinge 4,64%.

A principal responsável pela alta foi a energia elétrica residencial, que subiu 8,85% e impulsionou o grupo Habitação, com aumento de 3,10%. Segundo o gerente do IPCA em Campo Grande, Fernando Gonçalves, o fim do bônus de Itaipu, que havia reduzido as contas de agosto, e a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, explicam o aumento. Também contribuíram as altas no aluguel (0,56%) e na mão de obra (0,64%).

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas teve queda de 0,53%, a quinta seguida. A deflação foi puxada por produtos consumidos em casa, com destaque para cebola (-21,99%), tomate (-12,74%), batata-inglesa (-11,74%) e laranja-pera (-10,36%). Já comer fora ficou um pouco mais caro: 0,14% em média, com altas em sorvete (1,16%) e refrigerante (0,78%).

Outros grupos também registraram aumento, como Saúde e cuidados pessoais (0,63%), impulsionado por medicamentos e vitaminas, e Vestuário (0,75%), com destaque para roupas e calçados infantis. Transportes teve leve alta de 0,26%, influenciada pela gasolina (0,48%) e transporte por aplicativo (7,99%). Já Comunicação (-0,05%) e Artigos de residência (-0,48%) apresentaram queda.

No cenário nacional, a inflação também acelerou: o IPCA passou de -0,11% em agosto para 0,48% em setembro. Em 12 meses, o índice brasileiro acumula 5,17%.