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Capital

Por matar irmão durante briga, homem é condenado a nove anos de prisão

José Edgard confessou ter matado o irmão em uma discussão pela divisão das contas de casa em uma noite de bebedeira

Geisy Garnes e Clayton Neves | 07/08/2019 16:07
José durante seu depoimento no Tribunal do Júri (Foto: Henrique Hawaminami)
José durante seu depoimento no Tribunal do Júri (Foto: Henrique Hawaminami)

O pintor automotivo José Edgard da Silva, 59 anos, foi condenado na tarde desta quarta-feira (7) pela 2ª Vara do Tribunal do Júri a nove anos de prisão por matar o próprio irmão, José Edno da Silva Arce, a facadas. O crime ocorreu na tarde do dia 11 de outubro de 2017, na Vila Progresso.

Nesta manhã, durante julgamento, José Edgard afirmou ter matado o irmão em uma briga após uma noite de bebedeira. Ele explicou que José Edno foi morar com ele depois de se separar da mulher, mas logo começou a se relacionar com outra pessoa.

A nova namorada frequentava a casa dos irmãos frequentemente e por isso as despesas aumentaram. José Edgard resolveu cobrar o irmão, o que iniciou a briga. Durante a discussão, a vítima pegou uma faca para se defender e o réu também. ''Ele correu atrás de mim. Eu estava com medo, apavorado e acabei caindo. Quando vi, tudo já tinha acontecido", contou.

Após ferir o irmão com três golpes de faca no tórax, José Edgard fugiu. A vítima chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O autor foi preso no mesmo dia em um sítio na saída para Rochedo.

Inicialmente, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu que José Edgard fosse julgado por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, mas ainda durante as audiências, o juiz desconsiderou umas das qualificadoras e o próprio Ministério Público concordou que ele fosse a julgamento apenas por homicídio simples.

Nesta tarde, o conselho de sentença desconsiderou a tese de legitima defesa, apresentada pelo réu e o condenou pelo assassinato. O juiz Aluizio Pereira dos Santos então decretou pena de nove anos em regime fechado.

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