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Capital

"Preciso fazer a reconstituição do crime", diz 'Pedreiro Assassino' em audiência

Pedreiro começa a ser julgado pelos assassinatos em fevereiro de 2022

Dayene Paz | 06/12/2021 16:13
Cleber durante audiência nesta tarde. (Foto: Reprodução/Campo Grande News)
Cleber durante audiência nesta tarde. (Foto: Reprodução/Campo Grande News)

Para tentar livrar a esposa Roselaine Tavares Gonçalves, pronunciada por homicídio triplamente qualificado, Cleber de Souza Carvalho – conhecido como “Pedreiro Assassino” - preso por série de assassinatos em Campo Grande, pediu a reconstituição da morte de José Leonel Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, para provar que agiu sozinho.

O pedido já havia sido feito pela defesa de Cleber e acatado pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, em setembro deste ano, mas sem data marcada, os advogados cobraram, durante a audiência na tarde desta segunda-feira (06), que a reconstituição seja feita, o quanto antes.

"Eu preciso fazer a reconstituição do crime", afirmou Cleber ao final da audiência do assassinato de José de Jesus de Souza, uma de suas sete vítimas. Questionado pelo juiz se queria falar algo em sua defesa nesta tarde, se limitou a dizer que se pronunciaria somente no julgamento, reafirmando que queria a reconstituição.

Em setembro deste ano, a filha do pedreiro, Yasmin Natasha Gonçalves Carvalho, de 21 anos, que afirmou para a polícia ter ajudado o pai no crime, foi impronunciada pela Justiça, ou seja, não havia provas para levá-la a julgamento. O Ministério Público, que a denunciou por homicídio triplamente qualificado, recorreu da decisão e o processo ainda está em andamento. Já a esposa de Cleber, Roselaine responde pelo processo, presa.

José Jesus Souza teve bens vendidos por Cleber, indicou apuração. (Foto: Reprodução das redes sociais)
José Jesus Souza teve bens vendidos por Cleber, indicou apuração. (Foto: Reprodução das redes sociais)

Audiência - Nesta segunda-feira (06), o juiz Aluízio Pereira dos Santos ouviu testemunhas sobre o assassinato de José de Jesus de Souza, de 45 anos, que desapareceu em fevereiro de 2020. Durante as investigações, a polícia apurou que José Jesus foi morto com pauladas na cabeça.

Depois, Cleber enterrou o corpo e comercializou os bens da vítima, um imóvel na Vila Nossa Senhora Aparecida, na região da Vila Nasser, um carro modelo Astra e uma moto CG Honda.

Serial killer - Cleber está preso desde 15 de maio de 2020, quando confessou que matava as vítimas e enterrava os corpos. O primeiro caso a vir à tona foi o de José Leonel (o que a defesa pediu reconstituição). A partir deste caso, o pedreiro confessou ter matado mais seis pessoas e, inclusive, indicou o local onde elas estavam enterradas.

Além de José Leonel, Cleber responde pela morte de Timótio Pontes Roman, de 62 anos, José Jesus de Souza, de 45 anos, Roberto Geraldo Clariano, de 50 anos, Hélio Taíra, 74 anos, Flávio Pereira Cece, 34 anos e Claudionor Longo Xavier, de 47 anos.

Reconstituição - A Justiça atendeu pedido da defesa de Cleber e a polícia terá que fazer a reconstituição da morte de José Leonel. Peritos terão de examinar locais indicados pelo acusado com luminol, substância que reage em contato com o sangue e libera luz azulada. "A reconstituição é necessária para ele mostrar como agiu e que agiu sozinho", ponderou o advogado Dhyego Fernandes.

Cleber está preso desde 15 de maio do ano passado. (Foto: Arquivo/Campo Grande News) -
Cleber está preso desde 15 de maio do ano passado. (Foto: Arquivo/Campo Grande News) -

Os advogados do réu querem provar que Cleber não teve ajuda da ajuda da esposa, Roselaine e a filha do casal, Yasmin Natasha. As duas também foram presas, mas Yasmin responde a processo separado, por ser considerada inimputável em perícia médica, declarando-a como deficiente intelectual.

Cleber começa a ser julgado pelos crimes em fevereiro de 2022.

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