ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Prefeitura discute novas restrições contra covid

Diretores de hospitais e secretário estadual de saúde pressionam Marquinhos Trad pelo fechamento de alguns setores

Ângela Kempfer e Ana Oshiro | 04/12/2020 09:17
Secretários de saúde do municipio (à esquerda), do Estado (terno preto e camisa azul) e o prefeito Marquinhos no início da reunião. (Foto: Ana Oshiro)
Secretários de saúde do municipio (à esquerda), do Estado (terno preto e camisa azul) e o prefeito Marquinhos no início da reunião. (Foto: Ana Oshiro)

O prefeito Marquinhos Trad está neste momento reunido com representantes de hospitais de Campo Grande e com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende. No Paço Municipal, o grupo vai discutir a necessidade de novas ações de combate ao coronavírus na Capital.

O secretário Geraldo Resende já antecipou que pedirá adoção de medidas mais drásticas, como ampliação em 4 horas do toque de recolher, para vigorar entre 20h às 5h. Nesta semana, o programa Prosseguir, que monitora o aumento de infectados, reclassificou a Capital com bandeira vermelha, o que piora a avaliação da semana anterior.

Desde o fim de outubro, a lotação de UTIs só cresce e diretores têm defendido medidas mais restritivas como forma de conter o avanço da covid-19. Hoje, a Santa casa anunciou que, diante do aumento de contaminações, "está reabrindo novos leitos e abre contratação de 100 técnicos de enfermagem para início imediato".

Na reunião desta sextas-feira, um dos presentes é o diretor-presidente da Caixa de Assistência ao Servidor de Mato Grosso do Sul, Ricardo Ayache, acompanhado de Marcos Bonilha, diretor clinico da Cassems. Outro que já chegou é o direto do Proncor, Eduardo Elias.

Nas redes sociais, ontem Ayache postou: "Enfrentamos um momento muito delicado! Nossa capacidade de ampliação de leitos está cada vez menor e o número de casos de COVID-19 segue aumentando rapidamente. Precisamos, mais do que nunca, do esforço e da responsabilidade de todos!"

Na semana passada, o Proncor usou também as redes sociais para comunicar que estava reforçando o número de funcionários diante da demanda. A Unimed também fez o mesmo, reativou UTIs e tem repetido alerta sobre a taxa de ocupação de leitos em crescimento acelerado.

No hospital referência em covid, o Regional de Campo Grande, ontem 100% dos leitos de UTIs estavam ocupados. O MInistério da Saúde apontava 110%, mas segundo a direção do HR a divergência ocorria por falta de atualização de leitos já habilitados.

Pressionado - Na sequência do último encontro sobre o assunto, realizado em 25 de novembro, decreto reativou o toque de recolher, suspenso desde 15 de outubro. A expectativa é que Marquinhos acate sugestões e reedite decretos que vigoraram no início da pandemia, para reduzir o fluxo de pessoas pela cidade.

Ontem, o Ministério Público Estadual também se manifestou favorável à ampliação do toque de recolher e foi além, quer lei seca, com proibição de venda de bebidas. Só ontem, 62 comércios foram fechados desrespeita a ordem de encerrar as atividades à meia-noite.

Do outro lado do cabo de guerra está o comércio. Na reunião do dia 25, apenas lojistas participaram. Na ocasião, o grupo aceitou a volta do toque de recolher, mas defendeu a manutenção do nível de flexibilização em vigor. O comércio argumenta que não tem como abrir mão do movimento de dezembro, principal época de  vendas.

Nos siga no Google Notícias