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Capital

Prefeitura diz que intoxicação é lição para redobrar atenção com merenda

Viviane Oliveira | 30/09/2011 18:40
Superintendente disse que de agora em diante prevenção será rotina. (Fotos: João Garrigó)
Superintendente disse que de agora em diante prevenção será rotina. (Fotos: João Garrigó)
Cozinha da Escola "Professora Iracema Maria Vicente", no bairro Rita Vieira, depois de faxina.
Cozinha da Escola "Professora Iracema Maria Vicente", no bairro Rita Vieira, depois de faxina.

Após 180 crianças passarem mal com sintomas de intoxicação alimentar, na escola municipal de tempo integral Profª Iracema Maria Vicente, no bairro Rita Vieira, o superintende de Abastecimento Alimentar da prefeitura, Danilo Figliolino, disse que este episódio vai servir de lição para que nunca mais ocorra um fato "lamentável" como este.

Em entrevista ao Campo Grande News, o superintendente diz que de agora em diante a medida será de prevenção e alerta para evitar transtornos como o que ocorreu na última terça-feira (27) no colégio.

Danilo explica que a cada 20 dias é feita a reposição de alimentos para atender toda a rede de ensino da Reme (Rede Municipal de Ensino). A cada um mês é feita a mudança do cardápio e uma nova reposição.

Segundo ele, são 288 unidades que a prefeitura atende por mês, dessas 83 são escolas urbanas, duas integrais, nove escolas municipais rurais e 96 centros de educação infantil e 18 Cras (Centro de Referência da Assistência Social).

Para atender todas essas unidades o presidente explica que é mandado a cada mês 444 mil quilos de alimentos, contando com leite e congelados. Fora o Hortifrute granjeiro que são abastecidos duas vezes por semana.

Estes alimentos são adquiridos de empresas alimentícias que ganharam a licitação da prefeitura. Ainda conforme o presidente o município recebe R$ 370 mil por mês do FNDE (Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação) e a prefeitura entra com recurso de R$ 250 mil mensal.

De acordo com o superintendente, em Campo Grande estão cadastrados no FNDE 117 mil alunos. Este recurso vem distribuído para cada criança matriculada na escola no valor de R$ 0,30 diariamente.

Processo de licitação - A Superintendência relaciona os gêneros alimentícios que tem que ser adquiridos para a central de compras da prefeitura.

“A prefeitura elabora um edital e publica no diário oficial para qualquer empresa que participar. O edital dá um prazo de 20, 30 dias para que os interessados apresentem suas propostas para oferecer os produtos”, explica.

Segundo Danilo Figliolino, a Superintendência é encarregada de receber os alimentos, conferir, comprovar a qualidade e entregar para os órgãos atendidos pelo município.

Quanto à relação dos produtos solicitados, ele explica que a escolha dos alimentos é feita por uma nutricionista. “A profissional vai balancear de acordo com que a lei determina – 340 quilos de calorias e nove gramas de proteína”.

Armazenamento - Danilo afirma que o armazenamento é feito em depósitos nas escolas, e que é feito diuturnamente a fiscalização, conferência de datas de validade e treinamento das merendeiras.

“Cada escola também tem a obrigação de proceder conforme as normas da vigilância sanitária,” finaliza.

Hoje a Superintendência da Prefeitura de Campo Grande retirou os alimentos da escola municipal e enviou para os fornecedores.

Os itens retirados da escola foram o arroz, feijão, farofa, salsicha, ovo, repolho, tomate e gelatina. Os alimentos foram retirados da escola pelos próprios fornecedores dos produtos, que farão a troca dos lotes. O cardápio oferecido na terça está suspenso nas escolas da rede municipal de educação.

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