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Capital

Prefeitura e MPE aderem à campanha contra tráfico de pessoas

Thiago de Souza | 30/07/2015 20:41
Obelisco recebe a cor azul, que simboliza a dor das vítimas do tráfico de humanos. (Foto: Vanessa Tamires)
Obelisco recebe a cor azul, que simboliza a dor das vítimas do tráfico de humanos. (Foto: Vanessa Tamires)

Foi lançada na noite desta quinta-feira (30), a ação "Coração Azul', que vai iluminar fachadas de órgãos públicos e de segurança de Campo Grande, com a cor azul. A campanha é promovida pela ONU, e pretende alertar a sociedade global para o combate ao tráfico internacional e nacional de pessoas. O Prefeito Gilmar Olarte e a promotora da 67ª Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos, Jaceguara Dantas da Silva Passos, estiveram no Obelisco, local definido como marco da ação na Capital.

O prefeito Gilmar Olarte disse que Campo Grande vai se comprometer em combater o tráfico de pessoas, e ressaltou a gravidade desse crime. “É um crime avassalador e que pode atingir os familiares de todos”, alertou o prefeito.

Ainda segundo Olarte, há uma preocupação por Mato Grosso do Sul ser um estado fronteiriço, e a Capital, por conseqüência, serve como corredor de passagem para criminosos. “Vamos chamar a atenção da Guarda Municipal para ter uma maior atenção nas rodoviárias”, concluiu o chefe do executivo.

A promotora de Justiça, Jaceguara Dantas Silva Passos, disse que é importante difundir essas ações, pois o tráfico de pessoas é considerado um crime invisível. Ela alertou ainda, sobre o perfil de vítimas do tráfico de humanos. “As mulheres são alvos preferidos do tráfico de humanos. Elas são usadas para exploração sexual. Já as crianças, principalmente as recém nascidas, são alvos para a retirada de órgãos”, alertou a promotora.

O tráfico de pessoas faz cerca de 2,5 milhões de vítimas, e  movimenta, aproximadamente, 32 bilhões de dólares por ano, segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

A titular da Delegacia de Atendimento à Mulher, Roseli Molina, expôs dados sobre o crime durante o evento, e disse que o tráfico de seres humanos é o terceiro mais rentável, perdendo para o comércio de drogas e armas. Também chamou atenção para a vulnerabilidade das mulheres, afirmando que “a cada dez pessoas traficadas, sete são mulheres”.

A delegada avisou também que, quando se fala em tráfico de humanos, se pensa logo em tráfico internacional. “Porém, há o tráfico de pessoas doméstico também. Meninas que saem de cidades menores e vem ser exploradas sexualmente em grandes centros”, finalizou Molina. 

A iniciativa vai até o dia 2 de agosto, e serão iluminados o Obelisco, o Paço Municipal, a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, a Casa da Mulher Brasileira, e o Ministério Público Estadual.

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