ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SÁBADO  04    CAMPO GRANDE 30º

Capital

Prefeitura estuda parceria para concluir obra do Centro de Belas Artes

Município quer firmar parceria com empresa ou garantir mais recursos federais

Mayara Bueno e Marcus Moura | 31/01/2017 09:56
Centro de Belas Artes, em Campo Grande, no Bairro Cabreúva. (Foto: André Bittar)
Centro de Belas Artes, em Campo Grande, no Bairro Cabreúva. (Foto: André Bittar)
Prédio já está erguido, mas precisa de quase R$ 30 milhões para conclusão. (Foto: André Bittar)
Prédio já está erguido, mas precisa de quase R$ 30 milhões para conclusão. (Foto: André Bittar)

Parado há pelo menos 4 anos e já com R$ 10 milhões consumidos, o Centro de Belas Artes, na área que um dia já foi anunciada como futura rodoviária da cidade, poderá ser concluído com uma PPP (Parceria Público Privada) que a Prefeitura de Campo Grande estuda fechar. A possibilidade está sendo tratada em reunião nesta terça-feira (31), em Brasília, entre o chefe do Executivo Municipal, Marquinhos Trad (PSD), e o ministro do Turismo, Marx Beltrão.

O Município tenta autorização para formatar a parceria ou garantir mais recursos para conclusão de todo o projeto do Centro Municipal de Belas Artes, incluindo a parte reformada com recursos federais.

Segundo a coordenadora da central de projetos da Secretaria de governo, Catiana Sabadin, a ideia é tentar viabilizar uma forma para concluir o Centro de Belas Artes. “A gente não tem nada definido, estamos no início. A prefeitura precisa de mais recursos para terminar. Ou por meio de um PPP ou financiamento, vamos criar um mecanismo para concluir”, afirmou.

Inicialmente, a previsão de entrega do centro, sob promessa de aumentar o leque de opções culturais do campo-grandense, quando concluído, era o segundo semestre de 2012. O projeto teria um investimento total de R$ 28,8 milhões e cerca de R$ 10 milhões já foram investidos nas duas etapas. O Belas Artes previa ter espaço para exposições de arte, apresentações de teatro, música e cinema, entre outras atividades.

Ainda conforme a prefeitura, existe garantido cerca de R$ 8 milhões frutos de dois convênios federais, mas que representam somente 10% de todo o empreendimento. “Vamos tentar mais recursos”, disse. Do dinheiro que já foi investido, R$ 6 milhões é verba federal e R$ 1,5 milhão do município. Dos 14 mil metros quadrados, somente 2 mil foram requalificados.

Antes do projeto para o Centro de Belas Artes, o local abrigaria o Terminal Rodoviário, que começou a ser construído há 26 anos, ainda no governo de Pedro Pedrossian naquele mesmo terreno.

A obra foi Inaugurada três anos depois mesmo sem sua conclusão. O projeto, então, passou diversas alterações até ser convertido em Centro de Belas Artes, mas entraves entre a Prefeitura e a construtora paralisaram os trabalhos.

Em 2014, a empresa Mark Construções abandonou a obra, que desde então não foi retomada. Na ocasião, a administração anterior dizia que levantaria o que já tinha sito feito e o que precisaria ser refeito. O local foi depredado pelo tempo fechado, com lixo e abrigariam moradores de rua e usuários de drogas diariamente.

Engenheiros da Semadur vistoriam para levantar estado do prédio. (Foto: André Bittar)
Engenheiros da Semadur vistoriam para levantar estado do prédio. (Foto: André Bittar)
Obra parada serviu para pichação no local. (Foto: André Bittar)
Obra parada serviu para pichação no local. (Foto: André Bittar)

Condição – O Campo Grande News esteve no Centro de Belas Artes esta manhã e pôde perceber que o prédio está cheio de pombo, pichado, com vidro quebrado e com objetos utilizados para consumo de droga.

Equipes da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) também estiveram no local, nesta manhã, para avaliar justamente o estágio e estado da obra. Segundo Elias Makaron, engenheiro supervisor de gestão imobiliária da prefeitura, em termos de estrutura, como coluna e vigas, o prédio está “razoavelmente conservado”, diante do tempo em que a obra está parada. Ele ainda não fala em retomada, mas afirma que o espaço deve ser aproveitado.

Nos siga no Google Notícias