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Capital

Presa por cobrar propina cita Três Lagoas e que há mais envolvidos

Zana Zaidan | 19/06/2014 00:30
Nas imagens, Roberlaine cita outros funcionários que estariam envolvidos (Foto: Reprodução/ PF)
Nas imagens, Roberlaine cita outros funcionários que estariam envolvidos (Foto: Reprodução/ PF)

Presa em flagrante por cobrar propina para liberar recursos para o hospital do Câncer Alfredo Abraão, em Campo Grande, a funcionária do Ministério da Saúde, Roberlaine Patrícia Alves, 28 anos, aponta que há outros servidores da pasta envolvidos no esquema. Ela diz, ainda, que o esquema teria chegado a Três Lagoas, a 339 quilômetros da Capital.

As afirmações constam em um vídeo divulgado ontem (19) pela Polícia Federal e contradizem o depoimento oficial de Roberlaine, em que ela teria assegurado que agia sozinha.

Ao ser interrogada por um agente da PF, ela cita duas servidoras que estariam envolvidas no caso, e se refere a uma delas como “coordenadora”, e outra que trabalharia diretamente “no gabinete do secretário”.

“Não consigo falar com ninguém lá agora, não. Vim aqui para eles pararem de me encher o saco, e ninguém me ligar amanhã”, diz a funcionária ao diretor-presidente do hospital, Carlos Alberto Coimbra, depois que ele levantou a possibilidade de Roberlaine diminuir o valor cobrado. Coimbra denunciou a chantagem à PF. O flagrante foi armado e, nas imagens, ele finge colaborar.

Em outro momento da conversa, a funcionária menciona Três Lagoas. “Igual em Três lagoas. Eles empenharam R$ 50 mil para garantir o convênio e depois empenharam o resto”, afirma, depois que Coimbra questionou se, com o pagamento da propina, as emendas seriam, de fato, liberadas.

Investigação – A delegada da PF Kelly Bernando Trindade, afirmou que, em depoimento, Roberlaine assegurou agir sozinha. “Mas as investigações continuam e vamos apurar se há mais envolvidos”, disse durante entrevista coletiva na tarde de hoje.

Conforme o superintendente da PF em Mato Grosso do Sul, Edgar Marcon, o inquérito será concluído em 15 dias e encaminhado para o Ministério Público Federal. Roberlaine será indiciada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Ela atuava como funcionária terceirizada do Ministério há três anos, e foi presa no dia 16, na operação “Lantire”, deflagrada pela PF. Ela cobrou R$ 150 mil de propina para liberar R$ 2,6 milhões para o HC.

Assista ao vídeo:

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