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Capital

Presos fugiram por buraco de meio metro em ala dominada por facção

Cela tinha 22 detentos cumprindo pena e foi interditada para reparos. Presos foram para outra ala

Marta Ferreira | 24/09/2019 14:40
Celas da Máxima, presídio com mais de 2,5 mil detentos, dominado pelo PCC, de onde três presos conseguiram fugir nesta segunda-feira. (Foto
Celas da Máxima, presídio com mais de 2,5 mil detentos, dominado pelo PCC, de onde três presos conseguiram fugir nesta segunda-feira. (Foto

A cela 113 do presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, de onde cinco presos tentaram escapar na tarde desta segunda-feira (23), e três conseguiram, tinha vinte e dois detentos, e está em pavilhão dominado pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Para escapar da cadeia, eles fizeram buraco de cinquenta centímetros de diâmetro na laje da cela e atingiram a muralha do pavilhão 1, de onde acessaram a área externa.

Três pularam a muralha e escaparam pelo matagal e dois foram capturados, Edson Júnior Caetano, 35 anos, e Washington Fernandes Maidana, 31 anos. Ambos passaram por audiência de custódia nesta manhã no Fórum de Campo Grande. Agora, além dos crimes pelos quais já cumprem pena, vão responder por dano qualificado e evasão. Apesar de já estarem presos, foi arbitrada uma fiança, de R$ 3 mil, apenas para cumprir a lei.

Os detentos voltaram para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) no Centro, de onde vão voltar para o presídio. Normalmente, quando ocorre falta grave assim, há punição tanto no sistema carcerário quanto na Justiça, já que a progressão de regime fica prejudicada.
Os outros três presos, Ronaldo Batista Silva, Hiata Anderson Mateus dos Santos Oliveira e Sérgio Gonçalves Rocha, continuam foragidos.

Quem são - Os presos envolvidos na fuga cumprem pena por crimes graves. Edson Júnior Caetano, está preso por assassinato, além de ter condenação por roubo e sequestro. Washington Fernandes Maidana.

Ronaldo Batista Silva está preso roubo, Hiata Anderson Mateus dos Santos Oliveira por tráfico de drogas e Sérgio Gonçalves Rocha tem condenação por tentativa de assassinato.

Transferidos - Segundo a Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário) informou, a cela onde os presos estavam foi interditada até que sejam feitos os reparos. Os detentos que cumpriam pena nela foram levados para outro pavilhão, o 6 e ficarão isolados por um período.
Praxe em casos assim, tanto a Agepen quanto a PM abriram investigação interna sobre a fuga.

No boletim de ocorrências, os agentes penitenciários que informaram o crime dizem que não havia policiais na muralha naquele momento. Em nota enviada ao Campo Grande News, a Polícia Militar disse que havia, mas se negou a informar o número, alegando questões de segurança, e disse que foram eles os responsáveis pelas prisões. Tudo isso será investigado, também, no inquérito aberto pela Polícia Civil.

Na ala onde houve a fuga, cumprem pena em torno de 900 presos. No presídio todo, são mais de 2,5 mil.

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