Prevenção ao coronavírus reduz em 50% números de boletins de ocorrência

Antes mesmo da portaria que modificou o atendimento nas delegacias de Mato Grosso do Sul, as orientações para evitar a propagação do coronavírus (COVID-19) refletiram diretamente no número de boletim de ocorrência registrados nas duas Depacs (Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário) de Campo Grande.

Desde segunda-feira, 16 de março, a Polícia Civil registrou uma redução significativa no atendimento.

Conformes o delegado titular das unidades, João Eduardo Davanço, de segunda para terça-feira, foi contabilizada uma redução de 30% no número de casos denunciados. De terça para quarta-feira a queda foi de 50%. Nesta quinta-feira, 19 de março, uma portaria decretou restrições no atendimento presencial, apenas situações de emergência e flagrantes serão registradas normalmente nas delegacias.

A prioridade, segundo o decreto, são casos de homicídios, latrocínios, remoção de cadáver, violência doméstica contra crianças e adolescentes e idosos, estupro, sequestro, cárcere privado, roubos de veículos e cargas e autos de prisão em flagrante. A orientação para casos simples, como furtos, é usar a delegacia virtual.

Ainda assim, os policiais não poderão negar orientação para quem procurar qualquer órgão policial. A partir de hoje, as chefias das unidades que permanecerem com atendimento ao público irão restringir a entrada simultânea ou aglomeração de pessoas nas unidades, principalmente nas áreas de plantão.

Também foram suspensas as visitas de familiares e advogados nas delegacias com presos. “Haverá a permissão de visitas somente em casos de extrema e justificada necessidade”, determina a portaria.

Os servidores que apresentarem sintomas da doença serão afastados do trabalho, pelo período mínimo de 14 dias, e os policiais civis com mais de 60 anos, portadores de doenças crônicas que compõem grupo de risco, vão executar as atividades à distância.