ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, QUARTA  01    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Professores tentam reaver greve na Justiça com liminar

Prefeitura conseguiu barrar movimento grevista com decisão judicial

Jéssica Benitez | 08/12/2022 11:27
Professores fizeram protesto em frente à Prefeitura (Foto Kísie Anoiã/Campo Grande News)
Professores fizeram protesto em frente à Prefeitura (Foto Kísie Anoiã/Campo Grande News)

A ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) contestou liminar que barrou grave dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) e pediu que o desembargador Sérgio Fernandes Martins a reconsidere de forma integral.

A ação que resultou na intervenção judicial foi ajuizada pela prefeitura e aponta ilegalidade, ressaltando que o movimento grevista não divulgou o percentual de profissionais que ficariam ativos durante os dias sem aula, evitando que um serviço essencial fosse interrompido.

O sindicato alega que, em ofício enviado ao Executivo antes do início da greve, foi solicitada reunião para que a própria prefeita, Adriane Lopes (Patriota), dissesse qual parte da categoria deveria manter as atividades, conforme prevê a lei que rege movimentos grevistas.

"Da leitura da norma supra é cristalino concluir que a fixação de percentual mínimo e garantia de prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade somente pode ser definido de comum com o empregador (prefeitura de Campo Grande)", diz a defesa da ACP no recurso.

"Teria o sindicato embargante agido em afronta à Lei de Greve se tivesse definido de forma unilateral o percentual mínimo em atividade, quando a norma legal diz que essa fixação deve ser feita de comum acordo com o empregador, no caso a Prefeitura de Campo Grande", completa.

Embora estejam em batalha judicial, professores e prefeita agendaram reunião para esta sexta-feira, ainda não há detalhes como local e horário para isso. Desde a semana passada a categoria pede que a mandatária os receba, porém até então a resposta era de que a única proposta que pode ser cumprida pela prefeitura seria o reajuste de 4.78% e auxílio alimentação de R$ 400, rejeitada pela classe dias antes da greve.

Os professores exigem que seja concedido 10.39% de aumento conforme acordado em março deste ano e referendado por lei. O percentual faz parte de um calendário de aumento escalonado que termina somente em 2024.

Nos siga no Google Notícias