Profissionais orientam população sobre impactos negativos do trabalho infantil
A atividade teve início às 8h com a distribuição de panfletos e orientações para comerciantes e pedestres

Na manhã desta quinta-feira (12), a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania), realizou mobilização no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho para marcar o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil. A ação reuniu 15 profissionais dos seis Creas (Centros de Referência Especializado de Assistência Social) de Campo Grande.
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A Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania de Campo Grande realizou mobilização contra o trabalho infantil no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho. A ação, que contou com 15 profissionais dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social, distribuiu panfletos e orientou comerciantes e pedestres. Segundo Tereza Cristina Bauermeister, superintendente de Proteção Social Especial, o trabalho infantil afasta crianças da escola e compromete seu futuro profissional. A legislação proíbe o trabalho de menores de 16 anos, exceto como aprendiz a partir dos 14. Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100.
A atividade teve início às 8h com a distribuição de panfletos e orientações para comerciantes e pedestres. A proposta foi conscientizar a população sobre os impactos negativos do trabalho precoce na vida de crianças e adolescentes.
Conforme a superintendente de Proteção Social Especial da SAS, Tereza Cristina Bauermeister, o trabalho infantil traz impactos em diferentes fases da vida. “A curto prazo, afasta a criança da escola; a médio, leva à baixa escolarização; e, a longo prazo, compromete o futuro, porque a pessoa cresce sem a qualificação necessária. Criança tem de ter papel de criança”, afirmou.
Ela destacou ainda que, embora a data mundial seja apenas um dia, as equipes da assistência social trabalham durante todo o ano para identificar e retirar crianças e adolescentes de situações de vulnerabilidade ligadas ao trabalho precoce.
Durante as abordagens, algumas profissionais relataram resistência por parte de comerciantes, que ainda acreditam que o trabalho na infância “não faz mal”. “Houve quem dissesse que antigamente era comum e que trabalhar desde cedo fortalece o caráter, mas essa visão precisa ser transformada”, reforçou a equipe.
A balconista Franciele Machado, de 43 anos, elogiou a iniciativa. “Quanto mais divulgação, melhor. A gente não sabe como agir em algumas situações. Por exemplo, eu não sabia que dava para denunciar pelo Disque 100 ou no Conselho Tutelar”, comentou.
A SAS informou que os casos de trabalho infantil têm aumento sazonal, especialmente em datas como Finados, quando é comum a presença de crianças em cemitérios oferecendo serviços.
Segundo a legislação, é proibido o trabalho de crianças e adolescentes com menos de 16 anos, exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14. Casos de exploração devem ser denunciados pelo Disque 100, canal gratuito e anônimo dos Direitos Humanos, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive feriados.
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