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Capital

Projeto para Ernesto Geisel é refeito e obra será licitada pela 3ª vez

A intenção é reduzir em 4,9 km o projeto inicial e prefeitura busca recursos na Caixa Econômica

Christiane Reis e Mayara Bueno | 14/01/2017 10:28
Avenida Ernesto Geisel foi a segunda com maior número de acidentes em 2016. (Foto: Alcides Neto)
Avenida Ernesto Geisel foi a segunda com maior número de acidentes em 2016. (Foto: Alcides Neto)

Tomada por buracos, cenário de inúmeros acidentes, projeto para recuperar a Avenida Ernesto Geisel deve voltar à estaca zero. A prefeitura prevê para o primeiro semestre deste ano as intervenções de revitalização da via, mas o projeto será refeito e pela terceira vez licitação deve ser aberta. A intenção, segundo informou o prefeito Marquinhos Trad (PSD), é que a readequação seja elaborada logo, para que até o fim ano as obras sejam concluídas.

Para tanto o valor do repasse por parte do Governo Federal para executar o projeto, que estava na casa dos R$ 40 milhões, deve ser reajustado para R$ 50 milhões. Desde que teve início, em 2012, será a terceira tentativa de colocar em prática o projeto de revitalização.

“Já estamos em tratativas com a CEF para viabilizar o aumento do repasse, o que consideramos natural, por conta do período que ficou parado e também por conta da inflação”, disse Marquinhos Trad, na manhã deste sábado (14) ao Campo Grande News.

O projeto inicial contemplaria o trecho da avenida Santa Adélia (em frente ao Shopping Norte Sul Plaza) até a Campestre (no Aero Rancho), mas o prefeito já informou a intenção de reduzir a obra em 4,9 km, porém não deu detalhes sobre qual seria o trecho excluído do trabalho. “O projeto deve ser reduzido porque vamos priorizar os locais mais prejudicados de forma imediata”.

Novela - O projeto que prevê a revitalização da avenida teve seis anos de planejamento foi licitado e até iniciado em 2012, ao custo de R$ 68 milhões, ainda na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad, mas foi interrompido no ano seguinte, já que após a posse do prefeito cassado, Alcides Bernal (PP), a construtora que deveria realizar a obra acabou sendo desligada do projeto.

Desde então foram muitas as promessas de retomada, sendo que a última ordem de licitação foi lançada em março de 2015, sobre a administração de Gilmar Olarte e com a promessa de ser dividida em seis etapas.

Problemas – No início do mês o Campo Grande News contatou a situação da Ernesto Geisel. Além da buraqueira, ao longo de 7 km de via, ao longo do Rio Anhanduí e sem guard rail, a via é é considerada uma das mais violentas da Capital.

A existência de muitos buracos contribui para aumentar o risco de acidentes quando os condutores desviam das crateras. Em 2016, a Ernesto Geisel foi a segunda com maior número de acidentes em Campo Grande, com 254 ocorrências de janeiro até dezembro. Em pelo menos três deles, cinco pessoas morreram.

Outra situação grave é que o rio Anhanduí ainda recebe muito do esgoto e lixo que é produzido na cidade. O curso d’água também cobre seu “espaço” natural com erosões, que ao poucos invadem as pistas em diversos pontos.

Mais ao fim da avenida, as manilhas no fundo de dois buracos com pelo menos três metros de altura, ao lado do viaduto da Avenida Graciliano Ramos, são reflexos das erosões formadas depois que tubulação de escoamento de água da chuva se rompeu.

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