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Capital

Promotor pede 3 anos de internação para Cecílio, que matou Eloá durante surto

Conforme o Ministério Público, o réu foi declarado inimputável, ou seja, não pode responder pelos seus atos

Viviane Oliveira | 16/06/2020 11:45
Cecílio deixando a sala de audiência no Fórum, em Campo Grande, em fevereiro deste ano (Foto: Kisie Ainoã) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Cecílio deixando a sala de audiência no Fórum, em Campo Grande, em fevereiro deste ano (Foto: Kisie Ainoã) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu à Justiça no começo deste mês a internação de Cecílio Martins Centurião Júnior, 34 anos, para tratamento psiquiátrico de no mínimo 3 anos. Em dezembro do ano passado, durante um surto psicótico, Cecílio atacou e matou Eloá Aquino Carvalho, 3 anos. O caso aconteceu na Rua Baobá, na Vila Moreninha IV, em Campo Grande. A Justiça ainda não avaliou o pedido.

Conforme o Ministério Público, o réu foi declarado inimputável, ou seja, não pode responder pelos seus atos por “incapacidade de entendimento e de autodeterminação no contexto ilícito”. O acusado passou por perícia médica em janeiro deste ano e foi diagnosticado com esquizofrenia. Ao responder os questionamentos do Juiz, do MP e da Defensoria Pública, que faz a defesa de Cecílio, a médica-perita afirmou que, Cecílio por motivo de doença mental era inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato.

“É importante frisar, no entanto, que no laudo pericial, recomenda-se a aplicação imediata de tratamento psiquiátrico, em contexto hospitalar, devido à gravidade do quadro clinico apresentado atualmente pelo réu, em razão pela qual requer o Ministério Público a aplicação de medida de segurança de internação, pelo prazo mínimo de três anos”, escreveu a promotoria, escreveu o promotor responsável, Douglas Oldegardo dos Santos.

Cecílio continua preso na Penitenciária de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, na ala de saúde. Se o juiz acatar o entendimento do MPMS, deve permanecer no presídio mesmo, pela falta estabelecimento psiquiátrico para internação de condenados no Estado.

Caso - Na manhã do dia 11, Elenilda Carvalho Moreira, 31 anos, mãe da vítima, seguia para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas com os três filhos de 2 meses, 3 anos e 5 anos, quando Cecílio se aproximou e sem falar nada levantou Eloá pelas pernas até a altura da cabeça e na sequência arremessou-a por duas vezes contra o chão como se fosse um boneco.

Elenilda nunca tinha visto o rapaz no bairro. Cecílio foi contido por moradores e preso pela Guarda Municipal. A criança foi socorrida à Santa Casa com ferimentos graves e morreu no dia seguinte.

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